POLIFARMACIA ASSOCIADA AO RISCO DE QUEDA EM IDOSOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Thais Kellen Ribeiro da Silva ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Rayana dos Santos Nery ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Isadora dos Reis Martins ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Johann Peter Amaral Santos ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Maria Auxiliadora Fiorillo Mariani ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITORIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: A polifarmácia é definida como o uso de cinco ou mais medicamentos, sendo mais comum entre os idosos. A vulnerabilidade desta faixa etária aos efeitos da interação medicamentosa decorrentes da polifarmácia é bastante alta, uma vez que ocorrem alterações na absorção, no metabolismo e na eliminação das drogas decorrentes do envelhecimento, o que juntamente com as demais alterações fisiológicas, como declínio da força muscular, alterações na massa óssea e déficit de equilíbrio, favorecem o risco de queda. Descrição: Trata-se da realização prática da disciplina Medicina e Comunidade III, referente às visitas domiciliares. Foi realizado o acompanhamento à uma família de dois membros, mãe e filho, ambos idosos com 87 e 60 anos respectivamente, vinculadas a Unidade de Saúde Dr. José Moysés - Praia do Canto - Vitória/ ES, tendo enfoque a matriarca da casa por estar na 4ª idade. Foram realizadas quatro visitas, com intervalo de duas semanas pelos estudantes e orientadas por um professor da disciplina, ocorrendo coleta de dados por meio de entrevista com a família. Através das visitas houve coleta da história clínica desta paciente, obtendo informações sobre as medicações em uso e verificou-se que a paciente apresenta polifarmácia, e dois dos medicamentos relatados apresentam como efeito adverso a hipotensão postural (Exodus e Somalium). Além disso foi observado a acessibilidade e funcionalidade da casa por se tratar de uma casa com idosos. Após a primeira visita, a família foi orientada quanto ao uso dos medicamentos, reforçando a importância do armazenamento adequado, da dose correta ingerida e dos horários de administração, dado que uma falha em uma dessas orientações pode gerar agravos à saúde da paciente. Ademais, as condições de acesso da casa foram discutidas, em consequência da não adaptação para idosos, como ausência de corrimão, presença de degraus altos, muitos declives e entulhos no quintal. Impactos: O conhecimento da polifarmácia nos idosos se faz necessária visto que o uso de vários medicamentos aumenta a fragilidade deste grupo. No entanto através da observação da família notou-se que a paciente não possuía o conhecimento em relação a debilidade causada pelo uso dos medicamentos, intensificando ainda mais o risco de quedas. Por meio das orientações feitas à família foi notável nas visitas subsequentes a preocupação em relação ao uso dos medicamentos. Entretanto adaptações na casa não foram observadas, uma vez que se trata de mudanças maiores e que dependem do planejamento familiar. Considerações: A polifarmácia é prática comum entre os idosos e assim como as alterações da idade avançada podem aumentar o risco de quedas. Sendo assim, é importante que o profissional de saúde e a família possuam o conhecimento necessário para compreender os aspectos que contribuem para este quadro, entendendo e prevenindo a polifarmácia e orientando quanto as necessidades de adaptação das residências, para desta forma, auxiliar na diminuição do risco e eventos de quedas entre os idosos.