ANÁLISE DA QUALIDADE DE VIDA DOS SERVIDORES DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE PERNAMBUCO

Autores

  • Jaqueline Francisca dos Santos Faculdade Estácio do Recife; Tribunal de Justiça de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco.
  • Gláucia Simone Silva de Oliveira Faculdade Estácio do Recife; Tribunal de Justiça de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco.
  • Joaquim Sérgio de Lima Neto Faculdade Estácio do Recife; Tribunal de Justiça de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco.
  • Fátima Natário Faculdade Estácio do Recife; Tribunal de Justiça de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco.
  • Tedim de Sá Leite Faculdade Estácio do Recife; Tribunal de Justiça de Pernambuco; Universidade Federal de Pernambuco.

Resumo

INTRODUÇÃO: O processo de globalização tem ocasionado intensas interferências ao mundo do trabalho. A realização de movimentos repetitivos, associados a um esforço excessivo decorrente da prática do trabalho pode comprometer a saúde dos trabalhadores, contribuindo para o aumento das doenças ocupacionais e dos acidentes de trabalho. Sabe-se que as doenças ocupacionais não prejudicam apenas a produtividade, mas também todos os aspectos relacionados à qualidade de vida do funcionário. Uma categoria de trabalhadores que tem sido pouco estudada em relação a suas condições de trabalho e de saúde são os funcionários do Poder Judiciário, tendo este a função de prestação de serviços de jurisdição para a comunidade. A compreensão das variáveis que podem influenciar na saúde destes trabalhadores torna-se importante para meios de identificação, prevenção e melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores, bem como na melhor prestação de serviços públicos. OBJETIVOS: Avaliar a Qualidade de vida de servidores do Tribunal de Justiça de Pernambuco do fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, Recife-PE, e relacioná-la com o sexo, prática de atividade física e número de horas trabalhadas diariamente. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal realizado no período de Maio e Julho de 2013. Foram aplicadas traduções validadas do Instrumento Abreviado de Qualidade de Vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQOL-bref) e um questionário sócio-demográfico elaborado pelos autores. A análise dos dados foi feita através do Software STATA/SE (12.0), para posteriores correlações foi utilizado o coeficiente de Pearson. Para averiguar a suposição de normalidade foi aplicado o teste de Kolmogorov-Smirnov. Para a análise da comparação das variáveis sociodemográficas com os domínios do WHOQOL-bref, foi utilizado o teste t de Student e Anova para os dados normais. Todos os testes foram aplicados com 95% de confiança (p <0,05). RESULTADOS: Foram avaliados 88 servidores, dos quais 48 (54,5%) pertencem ao sexo feminino e 40 (45,5 %) ao sexo masculino. Quanto à distribuição da amostra em relação ao perfil ocupacional, destacamos número de horas trabalhadas por dia e a prática de atividade física regular, verificou-se que 73,9% trabalham até 6 horas/dia (n=65), e 52,3% (n=46) afirmaram praticar algum tipo de atividade física regularmente. No que diz respeito a avaliação da qualidade de vida, o valor obtido do escore geral da qualidade de vida foi de 70,64, e a média dos escores dos domínios foram: 75,37 para o domínio físico, 72,63 para o domínio psicológico, 72,16 para o domínio social e 62,39 para o domínio ambiental, indicando que os indivíduos têm boa percepção dessa variável e uma boa sensação da saúde geral. Correlacionando a qualidade de vida com sexo, prática de atividade física regular e número de horas trabalhadas por dia, observou que não houve diferença estatisticamente significantes, foram obtidos os respectivos valores p (0,899; 0,747; 0,550). CONCLUSÃO: Conclui-se que há uma percepção positiva da qualidade de vida desta população, porém não possui relação direta com as variáveis sexo, pratica de atividade física e número de horas trabalhadas diariamente. Reforça-se, assim, a necessidade de intensificação em medidas preventivas de saúde na instituição, principalmente no que se refere ao ambiente físico do trabalho.