VIVÊNCIAS PRÁTICAS COM PACIENTE PEDIÁTRICO PORTADOR DE SÍNDROME DE WEST E ATRASO DO DESENVOLVIMENTO: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Jéssyca Passos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Isabelle Riceto UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Jessica Perez UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Jheniffer Leal dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Larissa da Silva Möller UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Luiz Eduardo da Silva Nóbrega UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Talita Gianello Gnoato Zotz UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Resumo

Introdução: A Síndrome de West é uma afecção neurológica rara que surge normalmente durante o primeiro ano de vida, sendo caracterizada por espasmos musculares, hipotonia, alteração da função cognitiva, retardo mental e epilepsia. Além disso, a doença está comumente associada a atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor. Com base nisso, durante uma disciplina teórico-prática da UFPR, estudantes de Fisioterapia puderam vivenciar práticas com pacientes da neuropediatria, em especial com uma criança portadora de Síndrome de West. Descrição: A experiência foi realizada durante a disciplina de Fisioterapia Neurofuncional II da UFPR, e as vivências práticas realizadas no Hospital de Clínicas - UFPR. Foram realizados 5 encontros, sendo o primeiro destinado para avaliação e o quinto para reavaliação e os outros 3 para intervenção fisioterapêutica. O paciente R. M. R. M., portador de síndrome de West, e com idade cronológica de 1 ano e 3 meses, foi avaliado e chegou-se à diagnóstico cinesiológico-funcional: idade motora de 10-12 meses, hipotonia, hiperextensão de cervical, plantiflexão do pé direito, instabilidade de tronco, e rotação externa de quadril com consequente inversão do pé direito. Com base no diagnóstico cinesiológico-funcional, foram realizadas três intervenções, com objetivo de estimular controle cervical, estimular o movimento de dorsiflexão e eversão dos pés, estabilizar o tronco e estimular o desenvolvimento motor normal. Ao longo das intervenções, eram entregues aos pais orientações para serem realizadas em casa. Ao final das intervenções foi realizada uma reavaliação, onde constatou-se melhora no controle cervical e controle de tronco, o paciente passou a parar em pé com apoio, e sua idade motora passou a ser de 12 à 18 meses. Ressalta-se que o paciente já realizava fisioterapia uma vez por semana, dessa forma as vivências e orientações proporcionaram maior estímulo ao desenvolvimento do paciente. Impactos: A experiência foi recompensadora, pois pode-se vivenciar na prática como a fisioterapia pode contribuir para a vida de um paciente, mesmo de forma convencional. Além disso, ver a evolução do paciente é gratificante e colabora para a vida acadêmica e profissional. Considerações: Percebe-se a importância da atuação contínua e precoce da fisioterapia em pacientes com doenças neurológicas, pois colabora para melhor as atividades diárias e a qualidade de vida dos pacientes. Além disso, destaca-se a importância da vivência dos estudantes com crianças portadoras de doenças neurológicas, pois além de perceber a diferença que a fisioterapia pode fazer na vida do paciente, é um desafio na vida acadêmica e colaborou para a formação de raciocínio crítico e satisfação pela atuação na Fisioterapia.