XÔ DOR - A EXPERIÊNCIA MULTIDISCIPLINAR NO CUIDADO DA DOR CRÔNICA

Autores

  • Marcelly Barberi SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Isabella Martins SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Viviane Gouvea SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Francinete do Carmo SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Nathalia de Moura SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Thaiane Ribeiro SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ
  • Marynes Torres SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE DO RIO DE JANEIRO / SMSRJ

Resumo

Introdução: Um grupo de dor na Atenção Primária em Saúde, realizado por uma equipe multiprofissional, de uma unidade básica de saúde, localizada no bairro de Guadalupe na área programática 3.3 do município do Rio de Janeiro, com a perspectiva de promover o autoconhecimento dos sujeitos na totalidade do ser, com o uso de tecnologias leves, como a convivência em grupo, inserção de atividades no cotidiano, o fortalecimento dos vínculos afetivos e familiares e não somente pelo aspecto curativo.O grupo Xô Dor foi pensando a partir das dores referidas pelos sujeitos em suas diversas expressões, geralmente, oriundas da restrição do cuidado integral em saúde, tendo como proposta a promoção do autoconhecimento dos indivíduos sobre o seu corpo como forma de compreender suas limitações funcionais e como lidar com elas, proporcionando o compartilhamento dos saberes entre profissionais e sujeitos. Descrição: Fundamentado na metodologia utilizada pelo grupo de estudo Pesquisa em Dor, o grupo Xô Dor constitui-se de uma equipe multiprofissional formada por: fisioterapeuta, psicólogo, nutricionista, farmacêutico, enfermeiro, assistente social e educador físico. Foi elaborado um cronograma de 10 encontros semanais com duração de 1h30min, abordando temas no formato roda de conversa ou atividades práticas, como: (1) entendendo a dor, (2) ansiedade/apresentando técnicas de relaxamento, (3) influência do sono na dor, (4) uso dos chás fitoterápicos, (5) orientações nutricionais, (6) atividade física, (7) como a dor influencia nas relações, (8) jogo dolorômetro e (9) auriculoterapia. Utilizamos como ferramenta de avaliação uma ficha elaborada pela equipe, aplicada no primeiro e no último encontro, abrindo a oportunidade dos sujeitos e equipe relatarem a sua experiência. Impactos: É notório para todos os envolvidos, as mudanças no estilo de vida, assim como, na percepção dos sujeitos em relação ao seu corpo, e aos seus sintomas, tornando mais fácil lidar com as limitações vivenciadas no seu cotidiano. Percebemos também a maior implicação desses usuários no cuidado de si, construindo alternativas de cuidado que não se limitem ao uso de medicações. Avaliamos que a convivência entre os usuários possibilitou uma rede de apoio potente entre eles, incluindo outros espaços da unidade como porta de saída e continuidade do acompanhamento. Considerações: Percebemos que a relação estabelecida no grupo entre profissionais e participantes e o mais formidável a relação construída entre os próprios participantes, através da confiança, empatia, encorajamento, escuta e reflexão foram fundamentais para estimular ações em saúde voltadas para o autocuidado das pessoas.