O EXAME CLÍNICO OBJETIVO ESTRUTURADO - OSCE COMO ALTERNATIVA PARA AVALIAÇÕES PRÁTICAS EM FISIOTERAPIA

Autores

  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Dalger Eugênio Melotti ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Christiane B. Lourenço ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM
  • Roberta Ribeiro Batista Barbosa ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA - EMESCAM

Resumo

Introdução: O objetivo do ensino superior é facilitar o aprendizado dos seus alunos através do pensamento crítico e reflexivo, para isso deve-se sempre estimular o interesse e busca continuada por informação e a transferência desse aprendizado em situações de vida real. O exame clínico objetivo e estruturado (OSCE), permite envolver o aluno ativamente no processo do aprendizado e facilita a associação entre a informação e sua aplicabilidade clínica em contextos um tanto quanto reais. Objetivo: Descrever a experiência da implementação do OSCE nas disciplinas de Bases de Avaliação e Recursos Fisioterapêuticos. Descrição: Para a preparação do OSCE, os professores responsáveis pelas duas disciplinas envolvidas se reuniram para elaboração das estações, casos clínicos e procedimentos a serem realizados; além do planejamento da logística do exame. Foram elaborados 5 casos clínicos contemplando as articulações do ombro, cotovelo, quadril, joelho e tornozelo/pé. Para cada caso, o aluno recebia 3 ou 4 tarefas clínicas que focavam na avaliação fisioterapêutica e no recurso fisioterapêutico manual necessário àquele caso. O teste foi realizado em um centro de simulação da EMESCAM, com salas espelhadas, microfones e fones de ouvido possibilitando que o aluno não sinta a presença do professor. As estações simulavam salas de consultórios e cada estação possuía um professor responsável, um 'paciente' e os instrumentos necessários para realizar as tarefas específicas daquele caso. Os alunos eram posicionados em uma sala separada, e quando chamados, recebiam informações sobre a logística do tempo e rotação das salas. Eles tiveram 1 minuto para ler o caso e anotar pontos relevantes e 5 minutos para realizar as tarefas clínicas em cada estação. Em 30 minutos, todos 5 alunos passaram por todas as estações, e outros 5 eram chamados para o circuito. Os alunos foram avaliados para além do bom posicionamento e execução dos procedimentos e técnicas propostas, foram considerados também itens como se apresentar, cumprimentar o paciente, chama-lo pelo nome, explicar o procedimento e o objetivo antes de executa-lo, comandos, orientações, entre outras posturas necessárias para o atendimento seguro, humanizado e de qualidade. Impactos: O OSCE exigiu logística e preparos intensos, mas proporcionou uma experiência única para os alunos do curso de fisioterapia da EMESCAM. A prática da avaliação fisioterapêutica integrada com a aplicação de recursos fisioterapêuticos em um ambiente simulando a prática real estimulou a tomada de decisão em um contexto complexo, ligando a avaliação com a intervenção. Um dos alunos relatou que o OSCE lhe oportunizou vivenciar a prática fisioterapêutica, possibilitando o ganho de conhecimento e experiência. Todos os alunos relataram que o OSCE, apesar de gerar muito nervosismo e ansiedade, foi uma experiência incrível e inesquecível. Esse método permitiu verificar não apenas se o aluno sabe executar as técnicas ensinadas, mas também como é sua postura e atitudes diante dos pacientes, permitindo que, quando necessário, intervenções sejam tomadas com o objetivo de preparar este aluno mais efetivamente para o contato real com estes pacientes.