PROJETO DE EXTENSÃO INTERVENÇÃO PRECOCE EM BEBÊS DE RISCO: ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NO CURSO DE FISIOTERAPIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE

Autores

  • Lana do Nascimento Gouveia UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS
  • Vanessa Castro Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS
  • Rosana Machado de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFS

Resumo

Introdução: Bebês de risco são todos aqueles que apresentam em sua história devida determinantes pré, peri e pós-natais que possam levar a alterações no desenvolvimento neuropsicomotor (Formiga, Pedrazanni & Tudella, 2010). Tais alterações podem gerar dificuldades futuras tanto para o bebê quanto para a família,sendo de grande importância iniciar uma intervenção o mais cedo possível. A intervenção precoce visa prevenir e minimizar danos, potencializando a funcionalidade e desenvolvimento desses bebês. Dentre os profissionais que devem atuar nessa área está o fisioterapeuta que é capacitado durante a graduação, no entanto, sua trajetória acadêmica muitas vezes é escassa de prática. O projeto de intervenção precoce acrescenta para o curso de graduação em fisioterapia essa prática com bebês reais, que recebem tratamento dos acadêmicos no período ao qual estão vinculados ao projeto,auxiliando no processo de formação por oferecer maior experiência. Descrição: Através de um processo de seleção, os alunos são escolhidos e passam a por em prática o que foi aprendido no módulo de Saúde Neonatal eFuncionalidade, atendendo, durante um ano, os pacientes vinculados ao projeto. No primeiro contato já se inicia o processo de ganho de confiança tanto dos pais, quanto do próprio bebê em si. Ainda no primeiro atendimento é feita a avaliação e são aplicadas algumas escalas, dentre elas a AIMS - que avalia o desenvolvimento motor em bebês que tenham menos de 1 ano e 6 meses ou ainda não possuem marcha independente.Após a avaliação e detecção do grau de funcionalidade e atraso no desenvolvimento do paciente, são traçados objetivos de tratamento, visando sempre a funcionalidade, e a partir daí são feitas as condutas. Os alunos atendem em duplas. Cada dupla atende três pacientes por semana com duração de 60 minutos, sendo 10 minutos destinados à elaboração da evolução. A dupla atende sempre os mesmos pacientes para gerar vínculo, o que tratando de bebês é sempre um desafio, tendo o estudante que buscar sempre medidas de entretenimento que chamem a atenção do paciente. Os estímulos são dados através de brincadeiras que interessem ao paciente e que estejam,obrigatoriamente, relacionadas com os objetivos de tratamento e as condutas planejadas, e isso pode variar muito, sendo um grande desafio para o terapeuta. Impactos: O projeto de extensão Intervenção Precoce em Bebês de Risco auxilia a aprimorar os saberes dos estudantes de graduação em fisioterapia, pois aumenta a experiência prática que não é possível apenas com a graduação. O estudante aprende muito sobre o quão é desafiador trabalhar com esses bebês e o quão é prazeroso vê-los se desenvolver rapidamente com a estimulação. Considerações: A ampliação da experiência prática durante a graduação para a estimulação precoce em bebês de risco torna o estudante mais confiante para lidar com situações semelhantes após o processo de formação.