VIVÊNCIAS EM FISIOTERAPIA AQUÁTICA - A FORMAÇÃO ACADÊMICA NA REALIDADE DA ATENÇÃO BÁSICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Beatriz Costa Straub Duarte UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Emanuelle Gouveia dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Elizandra Stonoga UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Marina Wolff Branco UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Matheus Bieberbach Rodrigues dos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Vera Lúcia Israel UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Resumo

Introdução: Iniciativas que promovam a aproximação entre os contextos acadêmicos e da prestação dos serviços de saúde são fundamentais para suprir as necessidades da população e para fortalecer ainda mais as práticas do Sistema Único de Saúde (SUS). Isto favorece o aprimoramento na formação dos estudantes e contribui na integração docente-assistencial. As práticas em Fisioterapia Aquática, denominadas de vivências, abrangem os contextos de ações preconizadas pela rede de Atenção Básica, como promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, tratamento e reabilitação. Descrição: As experiências aconteceram por meio do componente curricular Vivências em Fisioterapia Aquática" da Universidade Federal do Paraná, em parceria com a Unidade Básica de Saúde Ouvidor Pardinho (UBS), Curitiba/PR. Nessa disciplina, os discentes enfrentaram a rotina da avaliação em solo e avaliação aquática, considerando o modelo biopsicossocial da Classificação Internacional da Funcionalidade (CIF), foram desafiados a planejar e aplicar uma proposta de intervenção e ao final a reavaliar os pacientes, além de produzirem, cada estudante para cada paciente, um produto final, o qual foi entregue aos pacientes ao final dos atendimentos. Os produtos finais buscaram orientar e contribuir para a educação em saúde da comunidade como um todo. Participaram dessa experiência 5 discentes do curso de Fisioterapia. Cada um deles teve a oportunidade de atender 2 pacientes, 1 vez por semana, durante 2 meses, com duração de uma hora cada atendimento. Ao todo, foram 16 atendimentos por estudante, somando 80 atendimentos na UBS. Todas as atividades foram supervisionadas pela docente da disciplina e pela fisioterapeuta responsável pelo setor de hidroterapia da UBS. Semanalmente, eram realizados relatórios contendo a evolução de cada paciente, os objetivos terapêuticos e funcionais e as propostas de intervenção de cada atendimento." Impactos: Os acadêmicos puderam vivenciar como são os atendimentos em piscina no SUS, com autonomia e responsabilidade de atender um paciente por conta própria e planejar e executar o processo fisioterapêutico completo, adaptando-o às necessidades de cada paciente. Os relatos de pacientes foram positivos quanto a qualidade do atendimento e também sobre a atenção humanizada nestas práticas. A cada semana os pacientes estavam mais animados com a terapia. Considerações: A implementação das estratégias que estimulam a participação ativa dos sujeitos que integram o cenário ensino-serviço é possível e são necessárias, possibilitando ao acadêmico a integração de saberes interdisciplinares na saúde, desenvolvendo a sensibilidade de atuar em um ambiente diferente do solo, como a piscina aquecida, vivenciando a ética profissional além de auxiliar à população local com os atendimentos.