ESCALA DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO FAMILIAR DE COELHO E SAVASSI (ERF-CS), UM RELATO DE EXPERIÊNCIA DA RESIDÊNCIA MULTIPROFISSONAL NA GESTÃO DA ATENÇÃO BÁSICA DO MUNICÍPIO DE BELÉM

Autores

  • Karen Lorena Nunes Baia UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ- UEPA
  • Eduardo Padilha Barros UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ- UEPA
  • Lucas Oliveira da Silva UNIVERSIDADE DO ESTADO DO PARÁ- UEPA

Resumo

Introdução: A Estratégia Saúde da Família (ESF) é a responsável pela reorganização da Atenção Primária no Brasil. Fundamentada nos princípios do SUS, a ESF contribuiu para que a saúde no país pudesse ser acompanhada de forma mais transversal, multiprofissional, com visão ampliada no que tange prevenção, promoção e recuperação da saúde. Dentro de suas ações, a visita domiciliar reflete sua expressão mais comum dentro dos processos de trabalhos das equipes de saúde. No intuito de estabelecer prioridades no atendimento domiciliar, respeitando o princípio de equidade da atenção à população adscrita, elaborou-se a Escala de Risco das Famílias, baseada em sentinelas para avaliação de situações de risco, procurando-se classificar, dentre elas, quais seriam as que demandam maior atenção. Descrição: No dia 14 de junho de 2018, foi realizada a Oficina intitulada Produção de Cuidados em Saúde direcionada aos coordenadores distritais do Município de Belém. A temática que abordou a prioridade das visitas domiciliares pelas equipes de saúde da família foi trabalhada com a utilização da Escala de Estratificação de Risco Familiar de Coelho e Savassi (ERF-CS). Apresentou-se o instrumento bem como foi realizado teórica sobre o contexto e a criação da escala, assim como foi realizada atividade de discussão de caso e aplicabilidade da escala como exercício de fechamento da oficina. Estiveram presentes na Oficina 7 coordenadores distritais, 1 coordenador da Divisão da Atenção Básica e 1 diretora do Departamento de Ações de Saúde do município de Belém, além de contar com o suporte de 3 residentes de Saúde da Família da Universidade do Estado do Pará. Impactos: Foi verificado que nenhum dos coordenadores e a diretora do departamento de ações de saúde não conheciam a escala. Durante a explanação teórica fomentou-se a discussão sobre o processo de trabalho das equipes se saúde da atenção básica do município, assim como a necessidade de avançar nos cenários do SIS-AB. Para além destas questões, foram debatidas as possibilidades de se pensar em estudos que pudessem adaptar a escala para a realidade de saúde do município e da grande possibilidade de implantação na rede dos serviços de saúde, no âmbito da visita domiciliar, deste instrumento que. Ao final da oficina, os participantes deveriam apresentar um produto que pudesse contribuir para a reorganização do processo de trabalho das equipes de saúde da família, e, desta forma, foi elaborada e devidamente revisada a Matriz Processo de Trabalho para as Unidades Básicas de Saúde, que será lançada oficialmente pelo município neste ano. Como parte do produto, foi lançada a proposta para a extensão da Oficina aos profissionais das equipes de Saúde da Família e equipes de Atenção Básica ainda para o segundo semestre de 2018. Considerações: A adesão pelos coordenadores à proposta foi grande com a obtenção de propostas acadêmicas para articulação de novos cenários de prática da Residência de Saúde da Família em Belém. A experiência permitiu aos residentes realizar uma interlocução na construção coletiva no que tange à classificação do risco e vulnerabilidade no território.