FISIOTERAPIA E SAÚDE MENTAL NO MOVIMENTO ESTUDANTIL: RESSIGNIFICANDO OLHARES E QUALIFICANDO A FORMAÇÃO
Resumo
Introdução: A Executiva Nacional de Estudantes de Fisioterapia (ENEFI), fundada em 2002, tem por objetivo congregar os estudantes de fisioterapia em torno de pautas ligadas à sociedade como um todo. Assim, atua nos eixos:fisioterapia e saúde; fisioterapia e mundo do trabalho e fisioterapia e educação. Nessa perspectiva, o presente trabalho tem por objetivo refletir sobre os diálogos entre a Fisioterapia e a saúde mental numa perspectiva da contribuição da ENEFI, bem como afirmar a importância e protagonismo do Movimento Estudantil na discussão de temas secundarizados dentro dos currículos, porém necessários para prática profissional e cuidado em saúde. Descrição: São objetos dessa experiência os cenários de discussões e espaços de imersão com o eixo central fisioterapia e saúde e a temática da saúde mental promovidos pela ENEFI durante o ano de 2017 e primeiro semestre de 2018. A experiência se dividiu em momentos presenciais e virtuais. Presencialmente, nos Encontros Regionais e Nacional, foram realizadas místicas e vivências sensibilizadoras introdutórias ao tema em rodas de conversa. Virtualmente, por meio das mídias sociais, foram promovidas formações com os membros e convidados, no sentido de formá-los para multiplicação dos debates em suas localidades. Nas duas modalidades, a presença dos estudantes foi crescente. Inicialmente, observou-se um certo desinteresse e desrespeito demonstrando a falta de debate e preconceito que ainda permeiam a área. Porém, a sensibilização advinda da metodologia, referenciada na Educação Popular, trouxe um olhar ampliado durante e após a atividade. Percebe-se dentro da própria entidade uma maior valorização do tema, explicitado pela inclusão em planejamentos e na busca por expandir a discussão. Impactos: Evidenciando o protagonismo estudantil no processo formador, a ENEFi fomentou a sensibilização de estudantes de Fisioterapia em relação ao tema. Observou-se que os espaços realizados foram as primeiras vivências acadêmicas, porém a maioria relatou contato pessoal para além da academia. Assim, foram levantadas questões sobre: reforma psiquiátrica e luta antimanicomial, subfinanciamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), saúde mental do estudante universitário e prevenção ao suicídio. Considerações: Devido a crescente demanda e ampliação do cuidado integral na saúde mental urge o aprofundamento de estudos na área. É um eixo frequentemente subdiscutido na formação, resultando em escassa produção científica e poucos relatos de atuação do fisioterapeuta. Faz-se necessário a construção e debate de uma formação que atenda a essa necessidade dentro dos currículos, e atualmente potencializar os espaços que já existem sobre este tema.Edição
Seção
Relatos de Experiência - Eixo IV Participação e Controle Social
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