FISIOTERAPIA EM SAÚDE COLETIVA NA UFPR: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA NO ESTÁGIO DOCENTE

Autores

  • Bruna Yamaguchi Universidade Federal do Paraná - UFPR
  • Vera Lúcia Israel Universidade Federal do Paraná - UFPR

Resumo

INTRODUÇÃO: As demandas da Fisioterapia em saúde coletiva, como novo campo de atuação do profissional fisioterapeuta, já são incluídas na UFPR desde o início da graduação. Nas instituições de ensino superior, de forma especial, nas que envolvem a área da saúde, buscam-se propostas de ensino que envolvam a interdisciplinaridade, a contextualização dos temas, a abordagem teórico-prática, com respeito aos valores éticos e a construção crítica. Essa busca também acontece na educação continuada do fisioterapeuta como pós-graduando, ao construir sua metodologia de ensino-aprendizagem, cumprindo o estágio docente exigido nos programas Stricto Sensu. Na Fisioterapia em Saúde Coletiva, faz-se necessário um estudo sobre as transições demográficas e epidemiológicas. Inclui as demandas profissionais e inter profissionais, diante dos novos modelos assistenciais. Contempla a vivência de possibilidades da atuação do fisioterapeuta nesta atual atenção básica, no âmbito coletivo, com vistas especiais na ação no SUS. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Houve participação de estagiária-docente, da pós-graduação, nas atividades de Fisioterapia em Saúde Coletiva na graduação da UFPR. Buscou-se unir as demandas dos conteúdos específicos da graduação, dentro da disciplina de Reconhecimento Profissional em Saúde, com o olhar de desenvolvimento da educação segundo os quatro pilares, preconizados pela UNESCO. Os pilares da educação, segundo a UNESCO, tratam se de um ciclo de propostas que se ligam de maneira não sequencial, na busca da educação para a vida. Os pilares são: aprender a aprender: adquirir os instrumentos ou a competência para a compreensão do mundo; aprender a fazer: para agir na prática; aprender a conviver: para participar e cooperar com os outros em todas as atividades humanas; aprender a ser: com visão holística do desenvolvimento do indivíduo. A disciplina explanou a Fisioterapia em Saúde Coletiva com diversos recursos, entre eles: o resgate de aulas anteriores (conceito saúde, família e comunidade, SUS, epidemiologia, entre outros); aula com discussão de conceitos, normatizações e atuação do Fisioterapeuta; visita técnica de campo, em parceria com Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba - NASF ( Núcleo de Apoio à Estratégia Saúde da Família); vivência das atividades nos NASF do município; propostas de atuação em Fisioterapia na Saúde Coletiva, por meio de mapas conceituais. IMPACTOS: A estratégia metodológica adotada pela docente e estagiária-docente visou contemplar os pilares da educação transformadora, a educação para a vida. A exploração dos conceitos e reconhecimento da saúde coletiva como campo fisioterapêutico, permitem o Aprender. As vivências, juntamente com a problematização dos temas, estimulam a melhor estratégia de atuação por parte dos estudantes e direcionam para o caminho do Ser e Conviver. O trabalho em coletivo, a construção de um produto final (atuação e mapa conceitual), auxiliam no sentido do aprendizado pleno e ao fazer. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os conceitos da educação transformadora perpassam por todas as atividades formativas. Auxiliam o processo de ensino-aprendizagem, contribuem para cumprir objetivos da graduação e da educação continuada na pós-graduação.