PET REDES - REDE DE CUIDADO A PESSOA COM DEFICIÊNCIA NA FORMAÇÃO DE ACADÊMICAS DO CURSO DE FISIOTERAPIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Simone Beatriz Pedrozo Viana Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Ana Carolina Zanchet Cavalli Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Danieli Fabrícia Pereira Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Mara Cristina Binz Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI
  • Débora Frizzo Pagnossin Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI

Resumo

INTRODUÇÃO: O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde - PET Redes de Atenção à Saúde 2013/2015, oportunizou a criação de diversos grupos de trabalho em todo o país, Na UNIVALI, Itajaí, SC, um destes grupos de trabalho se constitui no grupo Rede de Cuidados a Pessoa deficiente, o qual se baseia no Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência e preconiza a proposta Viver sem limites a partir da promoção da cidadania e do fortalecimento da participação da pessoa com deficiência na sociedade, visando eliminar barreiras e permitir acesso aos bens e serviços disponíveis a toda a população, assim como ampliar o acesso e qualificar o atendimento às pessoas com deficiência no SUS. Neste contexto, iniciamos nossa vivência na Policlínica de Cordeiros, Itajaí, SC sabendo da carência de dados no sistema de informação do Sistema Único de Saúde (SUS) sobre a população com deficiência motora, o que nos motivou a estabelecer um levantamento do número de deficientes na área estudada. Para isto, aplicamos um questionário padronizado sobre a acessibilidade de pessoas com deficiência ao SUS. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: as atividades foram desenvolvidas no primeiro semestre de 2014, por meio da metodologia problematizadora do Arco de Maguerez em que se buscou o reconhecimento do ambiente e a avaliação da realidade local em conversas com as agentes comunitárias de saúde (ACS). Os problemas levantados foram a dificuldade das ACS em entender o que é deficiência motora. A partir destas informações, elaboramos a teorização e hipóteses de soluções. Para a aplicação à realidade, as ACS responderam a um questionário contendo perguntas sobre o Programa PET e sobre deficiência motora e participaram de uma capacitação. Na capacitação buscou-se esclarecer os tipos de deficiência através de material ilustrativo e de apoio com manequins com marcação topográfica das lesões, além de incentivar a busca por dados a respeito da população com deficiência naquela região. Depois da capacitação, as ACS fizeram um novo levantamento da população local e foi estabelecido um cronograma de visitas domiciliares, as quais tem possibilitado o acompanhamento e a troca de informação entre acadêmicas, preceptora, profissionais da Unidade de Saúde e comunidade. IMPACTOS: A entrada das bolsistas do curso de Fisioterapia do PET estimulou a educação permanente em saúde, assim como o reconhecimento e compreensão do processo de trabalho de uma Unidade de Saúde, auxiliando na formação integral das acadêmicas e na melhor compreensão do processo saúde/doença e profissionais-cidadãos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: programas como o PET contribuem para a formação de fisioterapeutas preparados para o mercado de trabalho, bem como oportuniza a formação acadêmico - profissional na linha da integralidade e da interdisciplinaridade. Estas oportunidades de formação necessitam ser multiplicadas para que haja a gradativa consolidação dos princípios do SUS na atenção básica.