SIGILO PROFISSIONAL EM UM HOSPITAL PÚBLICO REFERÊNCIA EM DOENÇAS INFECTO-CONTAGIOSAS

Resumo

INTRODUÇÃO: O cuidado faz parte do ser humano e é fundamental, principalmente para os trabalhadores da área da saúde, entendê-lo na sua dimensão mais ampla, que tem como princípio a atenção plena e não apenas uma execução de tarefas. Entende-se que é necessário que todos os profissionais envolvidos no cuidado aos usuários do SUS promovam uma assistência qualificada, individualizada e humanizada para assegurar o cuidado integral em saúde. As doenças infecto -contagiosas interferem em diversos aspectos da saúde, principalmente no âmbito social da qualidade de vida, pois envolvem, historicamente o asilamento, a exclusão social e o preconceito. Dessa forma, objetivou-se discutir a ética profissional referente ao sigilo de informações em um hospital público de referência em doenças infecto - contagiosas do estado do Rio Grande do Norte. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A experiência ocorreu no Hospital Rafael Fernandes, sendo este um hospital público estadual de referência em doenças infecto - contagiosas localizado no município de Mossoró (RN) que atualmente conta com um total de 170 servidores efetivos e terceirizados. Abordou-se o conceito de ética do ponto de vista filosófico, sendo mostrada a importância de seguir os princípios da bioética diante conflitos éticos específicos e da valorização do trabalho em equipe na abordagem em saúde, por meio de discussão e dinâmicas de grupo relacionadas à temática em questão. IMPACTOS: Percebeu-se que os profissionais apresentavam diversos conflitos éticos em suas vivências profissionais, E também muitas dúvidas quanto ao comportamento ético adequado frente a essas situações. Os mesmos julgavam-se profissionais éticos, mas relataram presenciar atitudes antiéticas no ambiente de trabalho. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A curiosidade e a quebra de sigilo, por meio do repasse de informações, podem causar distorções destas, provocando malefício aos usuários deste tipo de serviço, ou até mesmo fomentar o preconceito que permeia as patologias infecto - contagiosas, podendo gerar constrangimento e isolamento social para esses. Assim, faz-se necessário que se promova educação permanente sobre os temas relacionados a bioética para os profissionais que prestam assistência aos usuários acometidos por doenças infecto - contagiosas.