UMA PROPOSTA DE PROTOCOLO PARA ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE A PARTIR DO ACOLHIMENTO

Autores

  • Laiza Oliveira Mendes de Melo Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Heloisa Maria Jacome de Sousa Britto Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Willian Vasconcellos da Silva Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Jusciele Bezerra de Araújo Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Kamila Brena Almeida de Oliveira Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Letícia Cristina Cardoso Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)
  • Bartolomeu Fagundes de Lima Filho Faculdade de Ciências da Saúde to Trairi - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (FACISA/UFRN)

Resumo

INTRODUÇÃO: A Política Nacional de Humanização desenvolveu o acolhimento para facilitar o acesso dos usuários, priorizando a atuação de toda a equipe de saúde no processo de atenção, com espaços para escuta qualificada e resposta adequada para encaminhar o usuário ao serviço ou profissional mais indicado. Neste sentido, especula-se que a inserção do Fisioterapeuta como membro desta equipe, proporcionará um melhor fluxo e resolutividade dos problemas de saúde da comunidade adstrita à Unidade Básica de Saúde (UBS). DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Foi realizada discussão e análise do 1º Caderno de Apoio ao Acolhimento: orientações, rotinas e fluxos sob a ótica do risco/ vulnerabilidade, verificada a inexistência de encaminhamentos para a fisioterapia, desenvolvidos ou ajustados protocolos pré-existentes que incluam o atendimento da fisioterapia na Atenção Básica (AB), e por fim realizada a execução do planejamento. IMPACTOS: Esse trabalho foi realizado como proposta de inserção do fisioterapeuta na equipe mínima, de modo que possa atender o usuário diretamente, solucionando seu problema de forma rápida, diminuindo filas de espera e complicações oriundas da cronicidade dos casos. O fisioterapeuta poderá atuar como membro da equipe do acolhimento, e como profissional técnico-capacitado para resolução de problemas/ demandas. Dentre as várias vertentes de atuação, destaca-se atendimentos domiciliares, atividades em grupos, atendimentos ambulatoriais individuais e planejamento de ações. A criação dos protocolos de atendimento fisioterapêutico na AB a partir do acolhimento deve ser baseada na formação generalista deste profissional, com conhecimento técnico para tratamento de disfunções neurológicas, ortopédicas, reumatológicas, respiratórias, cardiológicas, pediátricas, gineco-obstétricas, dentre outras. A partir dos encaminhamentos, o fisioterapeuta poderá realizar atendimentos ambulatoriais voltados para orientações quanto a manobras/ exercícios terapêuticos e/ou hábitos a serem adotados pelos pacientes ou responsáveis a fim de tratar a disfunção e prevenir complicações especificas para cada caso. À exemplificar: para o atendimento um paciente com epicondilite crônica (ou outra patologia crônica como síndrome do impacto do ombro, síndrome fêmuro-patelar, cefaleia tipo tensão, etc), o fisioterapeuta fará a avaliação, e receitará exercícios domiciliares e recursos analgésicos específicos para que sejam realizados em domicílio com data de retorno pré-estabelecida. Como forma de facilitar o exercício domiciliar, a receita deve ser detalhadamente descritiva, para que não haja dúvida sobre as posturas. Em situações mais complexas ou agudas, o fisioterapeuta deve encaminhar o usuário para um atendimento fisioterapêutico no nível secundário de atenção, ou seja, mais especializado com acompanhamento profissional presencial e um grande leque de recursos terapêuticos. Em casos de diversos usuários com patologia e sintomatologia comuns é adequada a criação de grupos terapêuticos, nos quais há encontros semanais para discutir sobre a patologia e realizar exercícios terapêuticos específicos. À exemplificar, pode ser realizado um grupo terapêutico para tratamento de hipertensos e diabéticos, com foco em exercícios terapêutico com característica aeróbica; outro exemplo, grupo terapêutico para tratamento de vestibulopatias com exercícios específicos. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A criação de protocolos de atendimento fisioterapêutico, bem como a atuação do profissional fisioterapeuta em cada UBS, tende a complementar os atendimentos já realizados e melhorar a qualidade do serviço.