ASPECTOS DE SAÚDE RELACIONADOS À QUALIDADE DE VIDA E DE FORÇA ISOMÉTRICA DE PREENSÃO MANUAL E SUA INFLUÊNCIA NA ATIVIDADE LEITEIRA

Autores

  • Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Milene Almeida Ribas UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Katieli Santos de Lima UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Noé Gomes Borges Júnior UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA
  • Lincoln Silva UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA; UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA; UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

Resumo

Introdução: A atividade leiteira desempenha um papel importante nos meios de subsistência rurais, a diminuição de sua produção resulta em um forte impacto econômico na renda familiar dos mesmos e em todo o país. De fato é importante promover qualidade e efetividade na promoção e proteção da saúde destes trabalhadores. Objetivo: Este estudo tem como objetivo geral analisar os aspectos relacionados à qualidade de vida e de força isométrica de preensão manual e a sua influência na atividade leiteira. Metodologia: A amostra foi composta por 65 produtores rurais da atividade leiteira, avaliados através do Perfil de Saúde de Nottingham, para avaliar a qualidade de vida, e mensuração da força de preensão manual medida por um dinamômetro isométrico digital, o qual permite avaliar a força máxima, o tempo para alcançar a força máxima e a taxa de crescimento para alcançar a força máxima. Resultado: 42% eram homens e 58% mulheres com idade média de 49,8±9,1 anos e 47,7±9,0 anos, respectivamente. Pode-se verificar que o Perfil de Saúde de Nottingham obteve que a maioria do grupo teve um escore maior no domínio dor, seguido de reações emocionais. Os valores da força máxima de preensão manual foram maiores em homens do que em mulheres para mão dominante e maiores nas mulheres do que nos homens para mão não dominante. Em função do tempo para alcançar a força máxima, os homens apresentaram um tempo menor na mão dominante, comparado às mulheres. Na mão não dominante as mulheres apresentaram um menor tempo quando comparado aos homens. A taxa de crescimento para alcançar a força máxima apresentou maior velocidade na mão dominante dos homens, já as mulheres, tem uma maior velocidade na mão não dominante para esta variável. De acordo com as correlações, foram correlacionados os dados sociodemográficos, com os dados da FPM, sendo que em ambos os gêneros houve correlação significativa entre a idade e a força máxima de preensão manual, nos homens com a mão dominante (r=-0,478, p=0,006), e nas mulheres houve correlação em ambas as mãos, mão dominante (r=-0,462, p=0,002) e mão não dominante (r=-0,358, p=0,014). Os homens apresentaram correlação significativa entre o tempo de profissão e a força máxima de preensão manual da mão dominante (r=-0,764, p=0,000). No grupo feminino quanto maior foram os valores no domínio Reações Emocionais, menor eram os valores de força máxima (r=-0,461, p=0,002). No grupo masculino, quanto maior a pontuação relacionada aos distúrbios emocionais, menor foi o tempo para alcançar a força máxima no período de 10 segundos. Conclusão: Os métodos de avaliação usados neste estudo se mostraram eficazes para avaliar a qualidade de vida e a força de preensão manual em trabalhadores rurais da atividade leiteira, pois a qualidade de vida avaliado com o Perfil de Saúde de Nottingham se mostrou com um percentual moderado, sendo bom para a população envolvida. Em relação a força de preensão manual, apresentou-se altos níveis de força comparado a outras populações.

Publicado

26-09-2019