CARBOXITERAPIA NO TRATAMENTO DE ESTRIAS DE DISTENSÃO: REVISÃO SISTEMÁTICA DA LITERATURA

Autores

  • Iasmim Tenório Eccard CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Luanne Farias CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC
  • Raphaela Farias Teixeira CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC

Resumo

Introdução: A carboxiterapia é uma das opções terapêuticas utilizadas para o tratamento de estrias de distensão, cuja técnica consiste na aplicação subcutânea de dióxido de carbono (CO2), via injeção, para fins terapêuticos. O CO2 quando injetado, expande-se na microcirculação cutânea, aumentando o fluxo de sangue, oxigênio e nutrientes para os tecidos. Diante das poucas evidências científicas relatadas na literatura acerca dos tratamentos para estria de distensão, do frequente uso da carboxiterapia como uma opção terapêutica no Brasil e da necessidade de mais estudos que abordem a temática, a pergunta de pesquisa foi definida como: a carboxiterapia é eficaz no tratamento de estrias por distensão?. Objetivo: O presente estudo objetivou realizar uma revisão sistemática da literatura sobre a eficácia da carboxiterapia no tratamento de estrias de distensão. Metodologia: Tratou-se de um estudo de revisão sistemática de literatura sobre o uso da técnica de carboxiterapia no tratamento de estrias de distensão, cujo protocolo de pesquisa seguiu a recomendação PRISMA. A pergunta de pesquisa foi definida baseada na estratégia PICOS (P: pacientes com estrias de distensão, I: Carboxiterapia, C: Não se aplica, O: satisfação pessoal, avaliação clínica, análise histopatológica, outros, S: Ensaios clínicos). Foram pesquisados artigos nos idiomas português, inglês e espanhol nas bases de dados Pubmed, Lilacs, Google Acadêmico, PEDro, Web of Science e Scopus, em fevereiro de 2019. Como estratégia de busca foram combinados os seguintes termos: "striae distensae" and "carboxytherapy", estruturados de acordo com a base de dados pesquisada. A qualidade e o risco de viés dos estudos incluídos foram avaliados por meio da Escala de Risco de Viés da Colaboração Cochrane. Resultado: Na triagem inicial, foram identificados 39 artigos. Após leitura dos títulos e resumos, foram elegidos 4 artigos para leitura na íntegra, incluindo-se todos nesta revisão para análise qualitativa, destes apenas três foram classificados quanto ao risco de viés, e nenhum artigo foi classificado como baixo risco de viés em todos os domínios. Conclusão: Os estudos avaliados evidenciaram melhora do aspecto visual, tamanho e espessura das estrias, com um moderado a alto nível de satisfação das pacientes, demonstrando ser uma opção terapêutica segura, tolerável e eficaz. No entanto, falta rigor metodológico aos estudos encontrados, realizados com poucos sujeitos, apontando desta forma a necessidade de ensaios clínicos de melhor qualidade metodológica.

Publicado

26-09-2019