PERFIL DE MULHERES PÓS MASTECTOMIA: ANÁLISE PRELIMINAR

Autores

  • Hedioneia Maria Foletto Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Giovana Morin Casassola UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Joana Hasenack Stallbaum UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

Introdução: O câncer de mama apresenta diversas formas de tratamento, como cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Os procedimentos utilizados para o tratamento, principalmente a cirurgia, ainda estão associados a complicações no membro superior, como redução da ADM e da força muscular, linfedema, alteração da sensibilidade, medo de movimentar (cinesiofobia) o membro superior afetado e dor na região, gerando prejuízos funcionais. Objetivo: Delinear o perfil sociodemográfico de mulheres pós-mastectomia e verificar a presença de dor, cinesiofobia e amplitude de movimento. Metodologia: Estudo transversal de abordagem quantitativa realizado com mulheres com câncer de mama pós mastectomia unilateral. Os dados foram registrados em uma ficha de identificação e a cinesiofobia foi mensurada através da Escala TSK-F; a presença de dor relacionada à cirurgia nas regiões da mama, axila e ombro foi verificada pela EVN, e para mensurar de forma objetiva a ADM de flexão, abdução, rotação interna e rotação externa de ombro, foi utilizado um inclinômetro digital. Os dados foram digitalizados em uma planilha do Excel e os apresentados mediante estatística descritiva simples. Resultado: Participaram do estudo 30 mulheres com idade média de 49,4 ± 9,79 anos, sendo que 21 delas era casada com ensino médio completo. O nível de escolaridade predominante foi ensino médio completo (30%). O tempo de cirurgia foi de aproximadamente 18,35 ± 12,49 meses e todas as participantes do estudo (100%) realizaram fisioterapia por determinado período. A intensidade média da dor relatada foi de 3,66 ± 1,97 na região da mama, 3,23 ± 2,84 na região da axila e 3,28 ± 3,08 na região do ombro. A cinesiofobia apresentou escore médio de 27,7 ± 5,66. A média da ADM de flexão foi 129,18 ± 26,79, abdução 112,87 ± 42,56, rotação interna 70,81 ± 20,12, rotação externa homolateral 60,55 ± 22,56. Conclusão: Observou-se que as mulheres possuem medo em realizar movimentos com o membro superior, assim como apresentam restrição da ADM na articulação do ombro. A dor, embora considerada leve, apresenta-se em várias regiões adjacentes a cirurgia, mesmo tendo passado mais de seis meses e realizado fisioterapia no PO.

Publicado

26-09-2019