PREVALÊNCIA DE DEPENDÊNCIA FUNCIONAL E CARACTERÍSTICAS DEMOGRÁFICAS E SOCIAS DE IDOSOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DE VITÓRIA

Autores

  • Jamilly de Cássia Boldrini Valiate ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Fabiana dos Santos Paixão ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Isabelle Gadiolli Verzola ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Alessandra Miranda Ferres ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Luciana Carrupt Machado Sogame ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA
  • Gracielle Pampolim ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE VITÓRIA

Resumo

Introdução: O fenômeno do envelhecimento populacional tem tornando-se cada vez mais representativo na sociedade e isso implica em uma série de fatores sociais, culturais e epidemiológicos, uma vez que, nessa faixa etária, há uma prevalência de incapacidades entre os idosos, culminando em uma população suscetível à dependência funcional. Objetivo: Identificar a prevalência de dependência funcional em descrever as características demográficas e sociais de idosos residentes em uma comunidade de Vitória-ES. Metodologia: Trata-se de uma análise secundária do banco de dados de um estudo observacional transversal de abordagem quantitativa. A amostra deste estudo consiste 220 idosos adscritos no território da Unidade de Saúde da Família (USF) Luiz Castellar da Silva, na Cidade de Vitória-ES. Os dados foram coletados por pesquisadores treinados através de instrumentos validados e ficha própria. A funcionalidade foi avaliada através do Índice de Katz, que analisa os idosos de acordo com a capacidade para realização de atividades básicas de vida diária, e os classifica em independentes (0 pontos) e dependentes (1 ou mais pontos). As variáveis para caracterização demográfica e social foram: sexo, idade, raça, estado civil, escolaridade, renda, tabagismo e etilismo,atividade física e de lazer, arranjo familiar e apoio social. Os dados foram analisados de forma descritiva. Resultado: Foi identificada uma prevalência de 34,6% de dependência funcional entre os idosos estudados. Quanto ao perfil, foi observado maior frequência do sexo feminino (61,8%), com idade média de 69,5±7,7 anos, autodeclarados pardos (50,4%), casados (49,6%), com nível primário completo (43,6%), renda individual menor que um salário mínimo (52,3%), renda familiar entre 1,1 a 3 salários mínimos(57,3%), que não moram sozinhos (75,9%), convivem em residência multigeracional (53,6%), praticam alguma religião (65,9%),possuem apoio (91,8%), não fumam(87,3%), não bebem (77,7%), não praticam atividade física (66,8%),praticam atividades de lazer (62,7%) e não realizam nenhuma atividade na Unidade de Saúde (78,6%). Conclusão: Verificou-se que, embora a literatura mostre um crescente aumento da dependência funcional nessa faixa etária, o atual estudo constatou maior prevalência de idosos independentes funcionais. Com isso, torna-se necessário mais estudos acerca da temática da dependência funcional, com intuito de compreender o perfil e melhor atender essa população. Além disso, é de suma importância a compreensão da conexão entre as condições sociais e sua interferência no processo de saúde, culminando em sérios riscos à saúde dos indivíduos, bem como, da comunidade a qual residem.

Publicado

26-09-2019