A CONTRIBUIÇÃO DO PET - SAÚDE INTER PROFISSIONALIDADE NA FORMAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA - RELATO DE EXPERIÊNCIA

Autores

  • Giovanna Campos Santos UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Luciana Mara Negrão Alves UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Resumo

Introdução: Historicamente a formação do fisioterapeuta se dava de forma isolada, centrada apenas em núcleo de conhecimento e destinava sua atenção quase que, exclusivamente, à cura de doentes e à reabilitação, entre tanto, notou-se uma mudança do perfil epidemiológico e na logística de saúde, que caminham para a reestruturação das práticas profissionais e a redefinição do campo de atuação do fisioterapeuta, com atuação na atenção primária com ações de prevenção e promoção, nesse sentido, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde Inter profissionalidade) se apresenta como uma importante ferramenta para formação interprofissional, podendo se concretizar como uma política indutora na universidade. Descrição: Diante disso, o Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde Inter profissionalidade) que está em desenvolvimento pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Campo Grande, que é composto por 5 grupos tutorais, cada grupo com 12 alunos, um coordenador, um tutor e 4 preceptores, sendo desenvolvido nos 7 distritos sanitários de Campo Grande- MS. A presente experiência aconteceu no distrito Imbirussu, em uma unidade de saúde na qual foi feito um diagnóstico local sobre as demandas da unidade, para que o grupo composto por acadêmicos de Enfermagem, Farmácia, Fisioterapia e Nutrição, pudessem planejar uma ação conjunta por semana, com cada especialidade mostrando seu núcleo de conhecimento e como pode contribuir para a demanda da semana, gerando um aprendizado com o outro e sobre o outro, além de auxiliar a UBSF com suas demandas. Impactos: Na minha percepção os impactos se deram devido a visão do trabalho em equipe, pois foi possível uma nova dinâmica de trabalho, que originou novas práticas no território; além de trocas de saberes, de experiências e de transformação, mediante a corresponsabilidade pelo projeto terapêutico, sem a existência de rivalidade corporativa, o que constituiu um novo processo de formação de trabalho, transformando um seguimento tecnicista e hegemônico, em algo pautado na atuação coletiva e nas rotinas de cuidado aplicado em saúde. Considerações: Dado ao exposto, a percepção sobre o desenvolvimento da prática interprofissional possibilitada pelo PET, evidenciou uma satisfação nos acadêmicos, e ter essa oportunidade na graduação para desenvolver trabalho de equipe, o respeito mútuo, e o reconhecimento do seu papel e do outro profissional, o que permite a troca de experiências, de saberes e de corresponsabilidade na rotina de trabalho da equipe. O momento de compartilhar as ações a favor do paciente são excelentes oportunidades de integração e aprendizado, algo que futuramente será de extrema importância para atuação profissional no mercado de trabalho.