FOTOBIOMODULAÇÃO EM RADIODERMITE

Autores

  • Fabiana dos Santos Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Thaís Nogueira de Oliveira Martins UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA
  • Hedioneia Maria Foletto Pivetta UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA

Resumo

Introdução: Aproximadamente quarenta e cinco por cento das pacientes com diagnóstico de câncer de mama são submetidas a radioterapia. Os efeitos colaterais mais comuns desse tratamento são o linfedema, fibrose da mama, mastite dolorosa ou miosite, pneumonite, fratura de arcos costais e radiodermite. Entre setenta e cem por cento das pacientes submetidas a radioterapia, desenvolvem radiodermite. Inúmeros fatores influenciam no aparecimento da radiodermite, alguns inerentes ao tratamento, como a dose total e a energia da radiação. E outros que dependem da condição prévia do paciente. Apesar dos avanços significativos nas técnicas de radioterapia, a radiodermite ainda é o maior efeito adverso agudo enfrentado pelo paciente com câncer de mama, levando muitas vezes na diminuição da qualidade de vida ou mesmo na interrupção do tratamento. A Fototerapia vem sendo uma alternativa terapêutica amplamente pesquisada no reparo tecidual. A maior parte dos estudos são realizados com os espectros de luz que variam do vermelho ao infravermelho. Descrição: Paciente do sexo feminino 50 anos, com diagnóstico de carcinoma invasivo mama direita, realizou mastectomia do quadrante superior com esvaziamento de linfonodos. Foi submetida a quimioterapia e trinta sessões de radioterapia. Chega ao consultório com queixa de queimadura na pele após a vigésima terceira sessão de radioterapia. Quando terminadas as trinta sessões de radioterapia, a paciente apresentava radiodermite grau 3, segundo o Common Toxicity Criteria (CTC), em região supraescapular direita e grau 2 na região da linha infra mamaria direita. Foram realizadas seis sessões de fotobiomodulação por LED vermelho 630 nm, 4 J/cm². As primeiras três sessões foram realizadas a cada quarenta e oito horas e promoveram a reepitelização. As três últimas sessões ocorreram com intervalo de sete dias entre elas para recuperação total da aparência da pele. Impactos: A rapidez da resolução do caso motivou ao uso cada vez maior do recurso da fotobiomodulação em outros casos clínicos. Além de estimular a busca contínua por conhecimento a respeito desta tecnologia. Considerações: Após enfrentar a doença e todo o seu tratamento, o que provocava angústia na paciente era que a pele começasse a abrir. A resolução completa da disfunção de pele em poucas sessões, foi de grande satisfação, tanto para a paciente como para a fisioterapeuta.