PERCEPÇÕES DE CRIANÇAS SOBRE O TABAGISMO

Autores

  • Talita Abi Rios UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Arthur de Almeida Medeiros UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Mara Lisiane de Moraes dos Santos. UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: O tabagismo é um dos maiores causadores de mortes evitáveis no mundo. O público jovem é mais vulnerável e propenso a fumar, por motivos como curiosidade, autoafirmação e identidade social, porém o entendimento das crianças sobre o tema é pouco explorado. OBJETIVOS: O objetivo do estudo foi conhecer a percepção de crianças do ensino fundamental sobre os fumantes, o ato de fumar e sua visão sobre saúde e tabagismo. METODOLOGIA: Foi realizado um estudo transversal de natureza qualitativa, por meio de entrevista semiestruturada aplicada junto a escolares do ensino fundamental da rede publica de Campo Grande/MS. As entrevistas foram gravadas e os resultadosanalisados por meio da técnica do Discurso do Sujeito Coletivo. RESULTADOS: Foram entrevistadas 38 crianças com idade entre 8 e 9 anos, sendo 52,7% do sexo masculino e 47,3% do feminino. Dos entrevistados, 42,1% residiam com fumantes,  entretanto, não houve diferença entre os discursos das crianças que conviviam com fumantes e das que não habitavam com fumantes. Entre as percepções sobre os fumantes, constatou-se aspectos fortemente negativos, com associação aos malefícios do cigarro à saúde e concepção do tabagismo como um vício. Sobre as percepções sobre o ato de fumar, as crianças apresentaram relações com a morte, vício e falta de ar, e consideraram o ato de fumar como uma “burrice. As doenças mencionadas como decorrentes do cigarro foram as doenças cardíacas e pulmonares. CONCLUSÃO: As percepções sobre tabagismo apresentadas pelas crianças foram negativas e relacionadas a doenças e vício, entretanto, não houve associação com a morte, possivelmente baseadas em experiências do cotidiano. As menções negativas sobre o tabagismo nesta faixa etária devem ser exploradas como um potencial para evitar ou postergar a iniciação ao hábito tabágico.