CONSCIÊNCIA SOCIAL: A IMPORTÂNCIA DA CONSTRUÇÃO DE SABERES COMPARTILHADOS PELA CURRICULARIZAÇÃO DA EXTENSÃO
Resumo
Introdução: A extensão universitária é um processo interdisciplinar, educativo, cultural, científico e político que busca promover mudanças na sociedade e na própria Instituição de Ensino Superior (IES) a partir de práticas colaborativas entre Universidade e sociedade. As práticas de extensão possibilitam aos alunos o exercício das competências desenvolvidas nos respectivos cursos que visem o bem comum das pessoas para promover mudanças na sociedade e na Universidade. Curricularização é uma estratégia do Plano Nacional de Educação que determina que as universidades viabilizem 10% da carga horária voltada para a extensão. Descrição: Em fevereiro de 2017, este sistema foi implantado na nossa IES, para todas as disciplinas que possuíam as práticas de extensão previstas na sua ementa. Duas disciplinas vinculadas ao curso de graduação de Fisioterapia adotaram as práticas curriculares de extensão. Estas disciplinas - Fisioterapia aplicada a Geriatria e Disfunções Cardiorrespiratórias - inseriram um conjunto de ações articuladas em torno de questões sociais que propiciaram aos alunos vivência e experimentação e levaram à construção de competências de modo interprofissional e interdisciplinar além de possibilitar o protagonismo dos alunos orientados pelo professor em todas as etapas de sua organização e desenvolvimento, revertendo em atividades também de pesquisa. Esta experiência foi viabilizada através do Projeto de Extensão do Curso de Fisioterapia CONVIVER PARA REVIVER:INTEGRANDO CONHECIMENTOS NA MELHOR IDADE em parceria com o grupo de convivência de idosos Esperança e Vida. O objetivo deste projeto é desenvolver ações de promoção da saúde, prevenção de agravos e atenção à saúde das pessoas idosas. Esta inserção das práticas curriculares de extensão direcionam para novas dinâmicas sociais, aumentam a participação coletiva e garantem liberdade individual. Impactos: Os discentes das disciplinas curriculares desenvolveram um levantamento de dados relativos ao perfil epidemiológico do grupo, avaliação do equilíbrio e do risco cardiovascular e orientação ás idosas do Grupo Esperança e Vida sobre a importância da prevenção de quedas e incentivo á prática de exercícios de fortalecimento da musculatura de membros inferiores. Para a análise dos fatores associados à funcionalidade e incapacidade de idosos, da identificação da função cognitiva, dos principais problemas ambientais relacionados à incapacidade entre as idosas e as funções relacionadas à mobilidade, foi aplicado o Whodas 2.0. Atividades que proporcionassem aos idosos uma conscientização sobre uma manutenção de vida mais saudável a partir da mudança de hábitos de vida, tais como alimentação e atividade física, foram propostas em um segundo encontro, através de dinâmicas nas quais, frases educativas elaboradas pelos próprios idosos participantes foram construídas reforçando a positividade. A inserção das práticas curriculares de extensão viabilizaram a identificação de várias demandas deste Grupo de Convivência que puderam ser solucionadas durante o desenvolvimento do Projeto ou programadas para futuras ações de promoção de saúde. Reconhecer e inserir a extensão como função acadêmica integrada ao currículo exige pensar projetos que resignifiquem a participação dos alunos. Considerações: A possibilidade de fomento e a indissociabilidade entre o tripé : ensino, pesquisa e extensão requerem ação reflexiva que possam estruturar os novos currículos que também se alicercem por projetos de extensão e possam despertar a maior consciência social.Edição
Seção
Relatos de Experiência - Eixo II Formação e Educação Permanente
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