O USO DA SLIME COMO RECURSO FISIOTERAPÊUTICO PARA PREVENÇÃO DE DISTÚRBIOS MUSCULOESQUELÉTICOS EM ADOLESCENTES JOGADORES NÃO PROFISSIONAIS DE GAMES

Autores

  • Juliana Allage Wencel UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Luiza Helena Silva Gonçalves UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Henrique Hofstaetter UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Karina Freitas UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Kethelyn Domingues Terra UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Rubneide Barreto Silva Gallo UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
  • Vera Lucia Israel UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

Resumo

Introdução: Na sociedade contemporânea, foi notado a presença constante de games na adolescência o que afeta diretamente o desenvolvimento biopsicossocial dessa fase, como isolamento social, competitividade e distúrbios musculoesqueléticos, em contrapartida é permitido a interação a distância entre os jogadores. Neste sentido, torna-se imprescindível a atuação da Fisioterapia na prevenção destes distúrbios. Assim, pensando nesse grupo específico e com um olhar inovador, o uso da slime, uma massa de modelar, foi um recurso de possível uso da Fisioterapia para a prevenção de possíveis distúrbios musculoesqueléticos em adolescentes jogadores não profissionais de games que não apresentam a informação necessária para uma boa qualidade de vida durante os jogos. No entanto, deve-se ressaltar ainda a regulamentação do Estatuto da Criança e do Adolescente que tem por objetivo promover a proteção desse ciclo da vida. Descrição: Durante a atividade integradora das disciplinas de Desenvolvimento Biopsicossocial e Panoramas da Fisioterapia no Brasil e no Mundo, realizada no primeiro período de graduação em Fisioterapia de uma universidade pública do Paraná, foi solicitado elaborar uma estratégia de atuação da Fisioterapia em ambiente não convencional, levando em consideração o adolescente e seus aspectos biopsicossociais. Foi escolhido o ambiente familiar com que foi observado um grupo de adolescentes composto por quatro indivíduos do sexo masculino com faixa etária entre 15 e 17 anos. Foram realizadas três visitas, na primeira foi aplicado um questionário básico com informações como quantidade de horas consecutivas que jogam e se há presença de desconforto musculoesquelético. Com base nas respostas obtidas, relatou-se que jogam mais de seis horas diárias, além da postura curvada adotada pelos jogadores e dos movimentos repetitivos nas mãos observados pelos acadêmicos. Na segunda visita foi desenvolvida uma cartilha de alongamentos sendo dividida em membro superior e inferior, pescoço e exercícios para a coluna, uma vez que os adolescentes demostraram desconfortos nessas regiões do corpo. Quanto a última visita foi colocada em prática exercícios em grupo com a slime, o que promoveu interação social entre eles, tendo por finalidade a prevenção de futuras lesões no punho e nas mãos devido aos movimentos repetitivos. Posteriormente, foram utilizados outros dois questionários, um com os adolescentes e um com seus respectivos responsáveis, ambos sobre a opinião quanto a influência dos games no cotidiano. Impactos: A realização desse trabalho nos afetou positivamente por proporcionar uma visão de como adaptar técnicas profissionais para o dia a dia permitindo criatividade na atuação fisioterapêutica. Dessa forma, vale ressaltar ainda como impacto imediato que houve aceitação e interação social por parte dos adolescentes em utilizar a slime como inovação para a realização de exercícios preventivos. Considerações: Esse trabalho foi executado com sucesso em conjunto aos adolescentes, mesmo ao demostrarem um pouco de dificuldade em alguns exercícios no decorrer das visitas. Foi notável a aceitação e o reconhecimento da Fisioterapia por parte dos adolescentes, uma vez que tiveram a oportunidade de ter a experiência de como a atuação fisioterapêutica é importante para manter uma boa qualidade de vida mesmo durante jogos. PALAVRAS-CHAVE: Fisioterapia. Adolescência. Games. Cotidiano.