PARTICIPAÇÃO DE ACADÊMICOS NO PROJETO RESPIRA COMO EIXO PRÁTICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM DA GRADUAÇÃO

Autores

  • Bianca Espinosa dos Santos INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Lohanna Chrystina dos Santos Antunes de Macedo INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Giovanna Campos Santos INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Amanda de Oliveira Arguelho INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Brenda Lee Silva Rocha INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Leila Simone Foerster Merey INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL
  • Juliana Teixeira de Almeida INSTITUTO INTEGRADO EM SAÚDE; UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL

Resumo

Introdução: A relação acadêmico-comunidade voltada ao cuidado social é considerada um dos eixos base da graduação por interferir diretamente no aprendizado prático dos acadêmicos. O Projeto Respira tem como objetivo proporcionar atendimentos de fisioterapia cardiorrespiratória ambulatorial em pediatria nas afecções agudas e crônicas, com a integração entre acadêmicos e profissionais capacitados a fim de contribuir com a prevenção e promoção da saúde das crianças e aproximar os acadêmicos da realidade profissional por meio da autonomia para avaliação fisioterapêutica, elaboração dos planos terapêuticos e execução dos atendimentos até a alta ambulatorial. Descrição: O projeto atende pacientes de 0 a 12 anos, encaminhados de hospitais, ambulatórios e consultórios de médicos pneumologistas parceiros ao projeto, além da demanda espontânea como crianças institucionalizadas e oriundos da divulgação nas mídias. O atendimento é realizado por acadêmicos do curso de fisioterapia que já cursaram a disciplina de Saúde da Criança e do Adolescente, sob a supervisão da docente coordenadora do projeto e/ou da fisioterapeuta da Clínica Escola Integrada - CEI. As sessões são feitas de maneira individualizada onde após o acolhimento é realizada a avaliação para coleta da anamnese, dados vitais, ausculta pulmonar e cardíaca, etc. Para as sessões, são traçados planos terapêuticos com base no diagnóstico e queixa principal, sendo aplicado as condutas necessárias para atingirem os objetivos terapêuticos. Impactos: O primeiro contato prático com crianças gera um disparo na vivência acadêmica, o confronto da trajetória clínica desses pacientes, suas fragilidades e superações desde o nascimento, bem como a necessidade de serem assistidos pós-alta hospitalar por serviços de saúde especializados permitem a ampliação da visão acadêmica acerca da área e a desmistificação de receios. Além disso, o aluno exercita o conteúdo visto em sala de aula, tornando sua aprendizagem significativa. A Fisioterapia Respiratória tende a ser uma barreira na graduação devido a complexidade e densidade teórica, além da vulnerabilidade do caso, quando ocorre a inclusão prática se favorece a criação de afinidade, vínculo e desmistificação de traumas quanto a complexidade dos casos. O contato com esse público sensibiliza os acadêmicos ampliando ainda mais o olhar para as comunidades carentes que precisam desse tipo de serviço e que ainda não foram devidamente atendidas. Considerações: A intervenção fisioterapêutica respiratória precoce permite minimizar os acometimentos na qualidade de vida dessas crianças. O fortalecimento da ação está na união deste projeto junto à melhoria da formação acadêmica pelo contato e conhecimento das práticas educativas modernas e diferenciadas de forma primordial, bem como o serviço gratuito à comunidade local. Sobretudo, foi possível vivenciar a integralidade da saúde, observando todos os níveis de complexidade com o objetivo de fornecer aos pacientes um atendimento qualificado, adequando-o dentro da universalidade do cuidado.