ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NO NÚCLEO DE APOIO À SAÚDE DA FAMÍLIA NA CIDADE DE SALVADOR BAHIA

Autores

  • Madlene de Oliveira Souza Universidade Federal da Bahia
  • Kionna Oliveira Bernardes Universidade Federal da Bahia

Resumo

INTRODUÇÃO: A inserção da Fisioterapia no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) contribuiu para impulsionar o reconhecimento da profissão no campo da saúde coletiva. Por ainda ser um âmbito recente para a Fisioterapia, faz-se necessário reconhecer os desafios em relação às condições estruturais e logísticas para a atuação do fisioterapeuta. OBJETIVOS: Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo descrever o contexto da atuação do Fisioterapeuta nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família do município de Salvador-Bahia. METODOLOGIA: A pesquisa quantitativa do tipo transversal foi realizado um censo dos fisioterapeutas que trabalham no NASF no município de Salvador através de um questionário auto-aplicado. RESULTADOS: Participaram da pesquisa 18 Fisioterapeutas (90%) e verificou-se a presença do profissional em todas as equipes do NASF. Houve predomínio na inserção dos fisioterapeutas no NASF tipo I (83,33%) e vínculos recentes de trabalhos com tempo inferior a 1 ano. Foram apresentadas algumas dificuldades no trabalho como a falta de recursos/materiais, transporte e desarticulação da rede de saúde. Também a falta de ambulatórios públicos de Fisioterapia nos territórios de cobertura do NASF, e a ausência de contra referência das unidades quando encaminham os usuários para outros serviços. Com relação às áreas de maior demanda fisioterapêutica foram situações com pacientes neurológicos (100%), seguidos por atividades relativas ao idosos e as doenças metabólicas, hipertensão e diabetes. Dentre as ferramentas tecnológicas do NASF observou pequena participação de profissionais no desenvolvimento de Projetos Terapêuticos Singular como uma forma de organização do trabalho e a necessidade de melhoria da comunicação entre equipes neste processo. O trabalho reflete características positivas como o vínculo efetivo, profissionais jovens com alto nível de escolaridade e satisfação dos Fisioterapeutas com o trabalho e com a remuneração salarial. CONCLUSÃO: Apesar dos desafios, a inserção do Fisioterapeuta no NASF configura-se um avanço da fisioterapia que amplia a possibilidade de atuação na prevenção e promoção da saúde.