ASSISTÊNCIA FISIOTERAPÊUTICA NA QUALIDADE DE VIDA DE MULHERES TRANSGÊNERO SUBMETIDAS À CIRURGIA DE TRANSGENITALIZAÇÃO: UMA SÉRIE DE CASOS

Autores

DOI:

https://doi.org/10.18310/2358-8306.v8n17.a1

Palavras-chave:

Qualidade de Vida, Transgênero, Cirurgia de Redesignação de Sexo, Fisioterapia, Sistema Único de Saúde.

Resumo

Introdução: a Cirurgia de Readequação Sexual (CRS) é uma estratégia de readequação eficaz para mulheres transgênero. No entanto, em até três anos de pós-operatório, podem surgir complicações. Nesse contexto, a fisioterapia pode atuar para reduzir sintomas e melhorar a Qualidade de Vida (QV). Objetivo: avaliar e comparar a QV de mulheres transgênero submetidas à intervenção fisioterapêutica no pós-operatório da CRS. Método: uma série de casos, desenvolvida no Departamento de Fisioterapia da UFPE, Recife-PE, de agosto de 2017 a julho de 2018. Foram incluídas 6 mulheres transgênero submetidas à CRS com idade mínima de 21 anos. Foram analisados dados de QV, sociodemográficos, antropométricos e clínicos. A QV foi mensurada com o questionário WHOQOL-Bref; a força da Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP), por meio do esquema PERFECT; além do registro de sintomas urinários. A assistência fisioterapêutica consistiu em terapia manual, cinesioterapia e uso de biofeedback com uma frequência de dois atendimentos por semana durante dez semanas. Para tabulação e análise, foi utilizada estatística descritiva com frequência, média e desvio padrão e uso do software Microsoft Excel® para Windows. Resultados: o perfil das pacientes foi de 30,83 anos ±8,13 (Média ± DP), 11,16 anos de estudo ±1,32 e renda baixa. A QV aumentou após a intervenção fisioterapêutica, de 70,8 ±11,91 para 73,2 ±21,22. As pacientes relataram previamente perdas urinárias e nocturia com posterior melhora dos sintomas, e 50% apresentaram aumento da força da MAP ao fim do tratamento. Conclusões: a assistência fisioterapêutica pode promover aumento de QV de mulheres transgenitalizadas e oferecer adequado acompanhamento à funcionalidade da MAP.

Biografia do Autor

Júlio Policarpo, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisioterapia

Marina Hazin

Departamento de Fisioterapia

Dayana Roberta da Silva, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisioterapia

Rogerson Tenório de Andrade, Universidade Federal de Pernambuco

Serviço de Urologia

Caroline Wanderley Souto Ferreira, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisioterapia

Andrea Lemos, Universidade Federal de Pernambuco

Departamento de Fisioterapia

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Publicado

09-11-2021