AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE VIDA, CAPACIDADE FÍSICA E PROPENSÃO DE DESENVOLVER DOENÇAS CARDIOVASCULARES DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO DE LAGARTO – SE

Autores

  • Eduarda Soares Santos Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Ananda Oliveira Almeida Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Mariana Arimatéa Rosa Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Paloma da Conceição Rodrigues Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Carla Nunes Ferreira Universidade Federal de Sergipe - UFS
  • Carlos José de Oliveira Matos Universidade Federal de Sergipe - UFS

Resumo

INTRODUÇÃO: O Agente Comunitário de Saúde (ACS) desempenha um papel chave na Estratégia de Saúde da Família, é ele quem está presente na comunidade diariamente visitando os lares e estabelecendo o elo entre população e a assistência. O ACS tem uma rotina longa e cansativa que inclui longas caminhadas visitando casas na comunidade, sendo assim, ele necessita de uma boa capacidade física para desenvolver suas funções adequadamente o que pode interferir em sua qualidade de vida. O conceito de capacidade física abrange a capacidade de o indivíduo manter habilidades físicas e mentais para um viver independente, relacionando a capacidade física com doenças cardiovasculares, pois podem desenvolver deficiências físicas que reduz a qualidade de vida destes profissionais. OBJETIVOS: O estudo tem como objetivo avaliar a capacidade física, qualidade de vida e a propensão de desenvolver doenças cardiovasculares dos ACS do município de Lagarto -SE. METODOLOGIA: Esta pesquisa do tipo transversal com 17 ACSs, média de idade de 32,41 anos, sendo 10 mulheres e 07 homens e aproximadamente 9 anos de trabalho nesta função. Realizado também avaliação completa que incluía itens investigativos de histórico familiar de doenças cardiovasculares, pressão arterial e cálculo do índice de massa corpórea (IMC), bem como a utilização de questionários como o IPAQ, o RISKO e o SF-36 além do teste de caminhada de 06 minutos (TC6M) para avaliação da capacidade física. Estes servem como instrumentos para levantamento de dados sobre risco popular ao orientar quanto à probabilidade de desenvolverem possíveis afecções. O SF-36 é constituído por 08 domínios dentre eles, Capacidade Funcional, Limitação por Aspectos Físicos, Estado Geral de Saúde e Vitalidade. O IPAQ adota níveis entre eles, Ativo, Muito Ativo, Insuficientemente Ativo e Sedentário. Todos estavam cientes e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido conforma a norma 196/96 do CNS. RESULTADOS: Foi realizada uma análise descritiva dos dados. Os dados foram tabulados e analisados de maneira descritiva e os resultados apresentados em média e desvio-padrão. Verificou-se entre os domínios que compõe o SF-36 que os menores valores apresentados foram o Estado Geral da Saúde com 53,94 pontos, Aspectos Sociais 55,74 pontos, Vitalidade com 59,12 pontos, respectivamente. No IPAQ houve predominância dentre os níveis de atividade para Insuficientemente Ativo 40%, Ativo 40% e Sedentários 33,3%. Ainda dentro, dessa estatística de sedentários houve uma prevalência maior no público masculino com 17% e somente 4% obteve o feminino. Para o TC6M a distância percorrida foi de 445, 2 metros. Enquanto a qualificação no RISKO mostrou que 58,8% dos ACSs apresentam risco abaixo da média para desenvolver doenças coronarianas, 17,6% apresentam risco bem abaixo da média e 5,8% apresentam nível perigoso. CONCLUSÃO: Conclui-se que se fez necessário a elaboração de um programa de cinesioterapia laboral associado às necessidades dos ACS e as diversidades presentes em seu ambiente. Desta forma promovendo-se um impacto positivo em sua qualidade de vida.