DESAFIOS E VIVÊNCIAS NA REABILITAÇÃO CARDÍACA EM UM PACIENTE COM AMPUTAÇÃO SUPRAPATELAR

Resumo

INTRODUÇÃO: Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), reabilitação cardíaca é o somatório das atividades necessárias para viabilizar aos cardiopatas melhores condições física, mental e social, de forma que eles consigam reconquistar uma posição normal na comunidade. O exercício físico é uma das ferramentas da reabilitação e, iniciado na fase hospitalar, aumenta a capacidade funcional desses pacientes. O estudo visa relatar a experiência de graduandos do curso de Fisioterapia sobre os desafios na reabilitação cardiovascular em paciente com amputação de membros inferiores na unidade de terapia intensiva. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A experiência foi desenvolvida a partir de atividades práticas realizadas no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV) por graduandas do curso de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), em cumprimento as atividades curriculares da disciplina Fisioterapia em cardiologia e angiologia, no semestre 2020.1. As atividades foram desenvolvidas a partir de atendimentos realizados no HGPV sob supervisão da docente da disciplina, no intuito analisar os desafios para reabilitação cardiovascular em paciente com amputação de membros inferiores na unidade de terapia intensiva. A primeira adversidade foi ao realizar a avaliação cinético funcional nesse paciente idoso (81 anos), do sexo masculino, cardiopata e com amputação suprapatelar não protetizado, tendo em vista que os testes funcionais para cardiopatas encontrados na literatura utilizam os membros inferior como força motriz, como teste de caminhada de 6 minutos, sentar/levantar e time up go. Por seguinte ao exame físico, esbarramos em outra dificuldade para planejar o plano de tratamento visando a reabilitação cardiovascular desse paciente. IMPACTOS: Nessa perspectiva, a experiência, possibilitou a agregação de conhecimento e ampliou o olhar sobre a importância da reabilitação cardiovascular independentemente da situação física do paciente, pois, promover a melhora da capacidade funcional, redução de fatores de risco e melhora na qualidade de vida é primordial a todos os pacientes hospitalizados. Entretanto, os desafios vividos durante a avaliação e planejamento desse paciente em decorrência da amputação foi considerado um obstáculo para reabilitação, mediante a escassez no âmbito científico de teste funcionais, avaliações e tratamento para esse quadro clínico singular. CONSIDERAÇÕS FINAIS: Assim, refletindo sobre toda a experiência das graduandas do curso de Fisioterapia sobre os desafios na reabilitação cardiovascular em paciente com amputação de membros inferiores na unidade de terapia intensiva, cabe enfatizar a necessidade de produções cientificas a cerca dessa condição clínica singular. Esse episódio nos incitou a utilização de equipamentos, que utilizam membros superiores, para prescrição de exercício na fase hospitalar da reabilitação cardíaca como ciclo ergômetros, halter e elásticos a fim de proporcionar uma reabilitação eficiente em paciente com o perfil apresentado.