PREVALÊNCIA DO MEDO DE CAIR ENTRE IDOSOS ATENDIDOS PELA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA EM CAMPO GRANDE-MS

Autores

  • Adriane Pires Batiston Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Karina Ayumi Martins Utida Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
  • Mariana Bogoni Budib Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil o número de idosos aumentou quase 70% em menos de 50 anos, trazendo à tona uma importante discussão a respeito de eventos incapacitantes nessa faixa etária, dentre os quais a ocorrência de quedas. Cuidadores e os próprios idosos reconhecem que, além do trauma físico e psicológico, as quedas acarretam diminuição de atividades de vida diária e funcionalidade, decorrentes do medo de cair. OBJETIVOS: Investigar a prevalência do medo de cair entre idosos e sua associação com variáveis sócio-demográficas, mobilidade e equilíbrio e história anterior de quedas (HQ). METODOLOGIA: Trata-se de um estudo transversal realizado em nove Unidades de Saúde da Família do distrito sul em Campo Grande- MS. Para coleta de dados foi realizada entrevista a fim de identificar as variáveis sócio-demográficas e clínicas, HQ e aplicada a escala Falls Efficacy Scale - International-Brasil (FES-I-BRASIL) e o Timed up and go test (TUG). A análise estatística se deu através do teste de correlação linear de Pearson (escala FES-I-BRASIL em relação ao escore no TUG), t-student (FES-I-BRASIL em relação aos hábitos de vida, comorbidades e HQ). RESULTADOS: Trata-se de um estudo transversal realizado em nove Unidades de Saúde da Família do distrito sul em Campo Grande- MS. Foram incluídos 201 idosos de ambos os sexos, ativos e com cognição preservada. Os idosos foram localizados em suas residências com auxílio do Agente Comunitário de Saúde. Para coleta de dados foi realizada entrevista a fim de identificar as variáveis sócio-demográficas e clínicas, HQ e aplicada a escala Falls Efficacy Scale - International-Brasil (FES-I-BRASIL) e o Timed up and go test (TUG). A análise estatística se deu através do teste de correlação linear de Pearson e t-student com nível de significância de 5%. CONCLUSÃO: A prevalência do medo de cair mostrou-se alta entre os idosos estudados, especialmente entre aqueles que já sofreram quedas anteriores e que apresentaram maior comprometimento na mobilidade. Um achado importante foi a alta prevalência de sedentarismo, uma vez que a prática de atividade física pode romper o ciclo inatividade, fragilidade, falta de equilíbrio, medo e dependência.