A SAÚDE DO PRODUTOR RURAL NA ATIVIDADE LEITEIRA: UMA ANÁLISE DA FORÇA DE PREENSÃO MANUAL

Autores

  • Angélica Facco UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Noé Gomes Borges Júnior UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Victória Medeiros da Rosa UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Susana Cristina Domenech UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Priscila Rodrigues da Silva UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Daisiane Casarotto UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ
  • Themis Goretti Moreira Leal de Carvalho UNIVERSIDADE DE CRUZ ALTA- UNICRUZ

Resumo

INTRODUÇÃO: Estudos destacam a importância da atividade leiteira na sustentabilidade das propriedades agrícolas familiares, no autoconsumo e, principalmente, na geração de renda. Sendo que os trabalhadores rurais envolvidos na atividade leiteira referem queixas relacionadas às dores, principalmente nas mãos, ombros e coluna vertebral. OBJETIVOS: Avaliar a força máxima da preensão através da análise da curva força vs tempo em trabalhadores rurais na atividade leiteira, verificando quais são as lesões e desconfortos osteomioarticulares mais frequentes, instituindo um plano de educação em saúde, com a prática diária de cinesioterapia laboral. METODOLOGIA: A população do estudo foi 23 produtores (12 do gênero feminino e 11 masculino), sendo avaliados através do questionário do trabalhador adaptado de Moraes, 2002, realizaram medidas antropométricas, Avaliação de Desconforto nas Partes do Corpo (DPC) de Corlett e Manenica e testaram a medida da força máxima da preensão manual, usando o dinamômetro digital- NB 900, desenvolvido pelo Laboratório de Instrumentação da UDESC. Durante 3 meses participaram de Oficinas de Educação em Saúde e praticaram exercícios físicos diários. RESULTADOS: A idade média do grupo de mulheres é de 51,17 ±4,82 anos, e o dos homens, 51,27 ±4,54 anos. Em relação ao tipo de tratamento coadjuvante utilizado para minimizar as dores, desconfortos corporais, a maioria das mulheres 50% (n=6) afirmou estar realizando tratamento medicamentoso e fisioterapêutico, 42% (n=5) afirmou realizar tratamento medicamentoso e 8% (n=1) não realiza nenhum tipo de tratamento. No grupo dos homens, em torno de 45% (n=5) relataram que não fazem nenhum tipo de tratamento, outros 45% (n=5) afirmaram realizar tratamento medicamentoso e o restante, 10% (n=2), declararam realizar tratamento fisioterapêutico. O gênero feminino apresentou IMC com média de 30,90 e a média de razão cintura/quadril 0,89 (obesidade grau I) Já o gênero masculino IMC com média de 24,22 e a média de razão cintura/quadril 0,93 (eutrofia). A média da Fmáx. de preensão manual da mão dominante nas mulheres antes da intervenção foi de 255 N e nos homens 382 N e após foi de 310 N nas mulheres e 306 N nos homens. Homens e mulheres apresentaram diminuição e/ou melhora das dores e desconfortos posturais no término da intervenção. CONCLUSÃO: Conhecer e criar condições saudáveis à saúde da família trabalhadora rural envolvida na ordenha leiteira é uma realidade e necessidade primordial, uma vez que, a diminuição de sua produção resulta em um forte impacto econômico na renda familiar dos mesmos e em todo país, gerando grandes transtornos. É necessário promover qualidade e efetividade na promoção e proteção da saúde destes trabalhadores, para que eles possam ter um melhor desempenho em suas atividades e melhor qualidade de vida.