AUTOPERCEPÇÃO DE SAÚDE E APOIO SOCIAL DE IDOSAS EM TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO

Autores

  • Ana Paula Donato CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • Daniela Sanchotene Vaucher CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO
  • Louise Bertoldo Quatrin CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO

Resumo

INTRODUÇÃO: O envelhecimento humano não passa somente pela idade determinada em anos de vida, mas sim, por um processo complexo de aspecto individual que compreende as dimensões biológica, psicológica e social (LEONARDI; RODRIGUES, 2012; PEREIRA; RANCON, 2010). Estudos tem evidenciado associação entre ligações sociais e a ocorrência de diferentes desfechos relacionados à saúde (GRIEP et al., 2003, AMARAL et al., 2013). OBJETIVOS: Avaliar a associação entre Apoio Social e autopercepção de saúde em idosas em tratamento fisioterapêutico. METODOLOGIA: "O estudo descritivo e transversal, sendo realizado no período de março a junho de 2015. Foi aprovado pelo CEP (38921414.3.0000.5306). Investigaram-se as informações sociodemográficas e de saúde, bem como o apoio social. A amostra selecionada foi por conveniência, que realizavam tratamento fisioterapêutico individual ou em grupos de hidroterapia no Laboratório de Ensino Prático (LEP) do Centro Universitário Franciscano. Utilizou-se a escala de apoio social do Medical Outcomes Study (MOS) de Sherbourne e Stewart (1991) e validado para o português por Griep et al. (2005). Trata-se de uma escala composta por 19 itens, compreendendo cinco dimensões funcionais. A autopercepção de Saúde foi avaliada com a aplicação da seguinte pergunta: “O que a Senhora acha do seu estado de saúde no último mês?”. Para a análise dos dados utilizou-se o programa Statistical Product and Service Solutions (SPSS), versão 18.0. Foi utilizado o T-teste e ANOVA para verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e de saúde e o apoio social. Adotou-se um intervalo de confiança de 95% (nível de significância de 0,05). RESULTADOS: Participaram da pesquisa 47 idosas na faixa etária de 60 a 86 anos, com média de idade de 69 anos, 95,7 % delas referiram ter cor da pele branca e 48,9% como sendo viúvas. A média de renda da amostra foi de R$ 1.500,00, sendo o mínimo sem renda e o máximo de R$ 4.000,00. Já em relação à escolaridade, predominaram as idosas com tempo superior a 9 anos de estudo (57,4%). Quando questionadas sobre quais atividades realizavam no LEP, 78,7% responderam que participavam de grupos terapêuticos. Embora grande parte das idosas relatou ter ao menos uma patologia associada, 57,4% avaliaram sua saúde como boa. Constatou-se que a maioria das idosas relatou sempre receber apoio social nas cinco dimensões funcional, com maior destaque para o apoio afetivo (72,3%), porém a dimensão com pior avaliação foi o apoio material (46,8%). Ao analisar as possíveis associações entre as variáveis de apoio social nas cinco dimensões e as variáveis sociodemográficas e de saúde, não foi encontrado significância estatística em nenhuma das associações. Obtiveram-se os valores de p superiores a 0,66 para todas as associações nas cinco dimensões de apoio social na amostra estudada. CONCLUSÃO: Os resultados deste estudo, não evidenciaram associação estatisticamente significativa entre apoio social e autopercepção de saúde nas idosas estudadas. Embora não tenha sido evidenciada tal associação, os resultados apontam concordância com a literatura existente, uma vez que as idosas que referiram sempre receber apoio social avaliaram sua saúde como boa.