AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE FUNCIONAL E QUALIDADE DE VIDA RELACIONADA A SAÚDE DE PACIENTES SUBMETIDOS A UM PROGRAMA DE REABILITAÇÃO CARDIACA NÃO SUPERVISIONADO

Autores

  • Mara Lilian Soares Nasrala UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Ananizio Lino dos Santos Filho UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Carolina Dias Brilhante UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Heverson Jose de Lira UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Jessyca Patrícia Martins UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Luciene Xavier da Silva UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Marizete Aparecida de Arruda UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Walkiria Shimoya Bittencourt UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC
  • Carolina Reveles UNIVERSIDADE DE CUIABÁ - MT - UNIC

Resumo

INTRODUÇÃO: No Brasil 32,6% dos óbitos são decorrentes das doenças cardiovasculares, que contribuem com as internações do Sistema Único de Saúde (SUS), e com a prevalência maior da população acima de 40 anos. Dentre as cirurgias cardíacas realizadas, a revascularização do miocárdio continua sendo a mais utilizada. OBJETIVOS: O objetivo desde estudo foi avaliar a capacidade funcional, quallidade de vida relacionada à saúde em pacientes submetidos a um programa de reabilitação cardíaca não supervisionado. METODOLOGIA: "Foi realizado um ensaio não controlado em um Hospital Geral Universitário. A amostra constou de pacientes com indicação de cirurgia eletiva de revascularização do miocárdio. A capacidade funcional foi avaliada através da Medida de Independência funcional (MIF) no pré-operatório, 5º e 30º PO. A qualidade de vida relacionada a saúde (QVRS), foi a avaliada através do questionário MacNew QLMI, no pré-operatório e no 30º PO. As avaliações do pré-operatório e 5ºPO foram realizadas durante internação hospitalar e no 30º PO através de contato telefônico. Todos os pacientes foram orientados a seguir um programa de reabilitação cardíaca não supervisionado. O protocolo constou de orientações para caminhadas em superfície plana, três vezes por semana, durante 4 semanas. Na primeira semana foram orientados a caminhar 10 minutos, na segunda semana 15 minutos, na terceira semana 20 minutos e na quarta semana 30 minutos. RESULTADOS: A amostra constou com 27 pacientes elegíveis para o estudo, destes 16 foram excluídos e 11 foram analisados. A média de idade foi de 63,5 ± 10,2 anos, 90,9 % eram do sexo masculino com tempo médio de hospitalização de 43,0 ± 9,8 dias. Houve uma redução significante dos escores totais da MIF no 5º PO (p=0,02) quando comparados aos valores encontrados no pré-operatório. Foi observada uma recuperação total dos escores em todos os pacientes no 30º PO. A avaliação da QVRS realizada através do Mac New QLMI revelaram que no 30º PO os pacientes melhoraram significantemente sua qualidade vida relacionada à saúde quando comparada aos valores de pré-operatório. O mesmo comportamento foi observado com os domínios emocional, físico e social. CONCLUSÃO: Conclui-se que pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio devem ser incluídos com frequência em programas de reabilitação cardíaca não supervisionado, pois a participação nestes, pode proporcionar melhora significativa da capacidade funcional e nos aspectos de QVRS proporcionando maior autonomia, melhora da autoestima e do convívio social.