AVALIAÇÃO DO JOELHO VALGO E SUA RELAÇÃO COM A PISADA ATRAVÉS DA BAROPODOMETRIA COMPUTADORIZADA

Autores

  • Daniel Gomes da Silva UBM
  • Adriana Cristina Pereira do Nascimento Rodrigues UBM
  • Larissa Camilo da Silva UBM
  • Vladimir Lopes de Souza UBM
  • Sandra São Tiago da Costa Pereira UBM
  • Patricia Luciene da Costa Teixeira UBM
  • Laize Aparecida de Paulo Poubel Sobreira UBM

Resumo

INTRODUÇÃO: Estudos realizados por Bulla (2010) mostram que a baropodometria computadorizada pode ser um excelente meio de investigação clínica para avaliar os impactos que os joelhos impõem aos pés durante posturas estáticas e dinâmicas, e vice versa. Ela permite a aquisição de dados quantitativos que podem auxiliar a compreender melhor as forças de preensão, distribuição plantar e estabilometria e, com isso, permitir correlacionar os dados com os desvios posturais do membro inferior. OBJETIVOS: Objetivo Geral: Avaliar um grupo de jovens mulheres portadoras de joelho valgo, identificando as relações posturais entre o joelho valgo e a preensão, distribuição e estabilometria através da baropodometria computadorizada. Objetivo Específico: Quantificar o grau de valguismo nas mulheres avaliadas, as forças de descarga e distribuição plantar. METODOLOGIA: "Trata-se de um estudo quantitativo, onde foram selecionadas 30 mulheres entre 18 e 25 anos que apresentem no exame físico genovalgo fisiológico. Para avaliar o alinhamento postural do joelho, as mulheres deveriam estar em posição ortostática, pés alinhados, descalços e vestindo uma bermuda. A observação do alinhamento será realizada com o indivíduo de costas, com quadril, joelhos e tornozelos em posição neutra. Será pedido que os indivíduos realizem o toque dos côndilos femorais mediais e posteriormente será medido através de um goniômetro à distância intermaleolar em centímetros. Após a avaliação desta variável, os sujeitos serão classificados de acordo com o grau do desvio postural: leve (0,1 a 3 cm), moderado (3,1 a 5 cm) e grave (acima de 5,1 cm)(HEATH E STAHELI, 1993). Para avaliar o tipo de pisada, as forças de descarga plantar e a estabilometria estática será utilizado o Baropodômetro Eletrônico da Marca Arkipelagos e Programa FootWork. RESULTADOS: Em relação ao grau de valguismo, O resultado mostrou (gráfico 1) que a maiorias dos joelhos valgos avaliados apresenta uma grau de valgo moderado, representando 50% da amostra (17 mulheres), 32,36% ( 11 mulheres) das mulheres avaliadas apresentam grau leve e 17,64% (6 mulheres) apresentam um valguismo grave. Não houve correlação significativa entre valguismo e alterações posturais dos pés. Verificou-se que a maioria das mulheres investigadas apresentam um pé sem alterações morfológicas e com presença de joelho valgo 53%, seguido de mulheres com joelho valgo e pés cavos (35%) e pés planos com joelho valgo (12%). Em relação achados da estabilometria, 75,3% ( 25 mulheres) das mulheres com joelho valgo apresentam pisada com deslocamento anterior ou metatársico, 20,50% (7 mulheres) apresentam pisada com deslocamento posterior ou calcâneo e 6% (2 mulheres) apresentam pisada neutra e que que 47% (16 mulheres) com joelho valgo deslocam maior massa para o pé direito, 47% (16 mulheres) deslocam maior massa para o pé esquerdo e a minoria, 6% (2 mulheres) mantem o alinhamento neutro durante a pisada. CONCLUSÃO: A pesquisa mostrou que a baropodometria associada a técnicas básicas de exame físico podem enriquecer o fisiodiagnóstico constituindo assim importantes ferramentas de diagnóstico na prática do fisioterapeuta. Indicamos que novas pesquisa na área sejam realizadas