DESEMPENHO DE AMPUTADOS TRANSFEMORAIS DURANTE O TESTE DE CAMINHADA DE SEIS MINUTOS

Autores

  • Vera Regina Fernandes da Silva Marães UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Camila Cadena de Almeida UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Bruna da Silva Sousa UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Daniella Correia Ornelas UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Juliana Muniz Siqueira UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Thanyze Alice Vicentini Zoccoli UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
  • Leonardo Petrus da Silva Paz UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

Resumo

INTRODUÇÃO: A amputação transfemoral leva à diversas alterações funcionais, entre elas alterações na biomecânica e nos ajustes cardiorrespiratórios durante a marcha. O teste de caminhada de seis minutos (TC6M) é um preditor da capacidade funcional e há muito tempo é utilizado para avaliar o desempenho na deambulação de indivíduos além de monitorar a efetividade de tratamentos e estabelecer o prognóstico de alterações cardiorrespiratórias e musculoesqueléticas. Desta forma o TC6M torna-se uma ferramenta importante na avaliação e na prescrição de exercício físico na reabilitação de amputados transfemorais. OBJETIVOS: Objetivo: Avaliar o desempenho funcional de amputados transfemorais por meio da diferença entre a distância predita e a distância percorrida no TC6M. METODOLOGIA: Foram avaliados oito amputados transfemorais do gênero masculino, com idade média de 31 anos (±7,07), IMC de 23,03 (±3,87) e tempo de amputação de 5 anos (±2,7). Os voluntários responderam ao questionário IPAQ para predição do tempo e frequência de prática regular de exercício físico. Para a determinação da distância predita para o teste de caminhada, foi utilizada a equação desenvolvida por Iwama et al. (2009) em indivíduos saudáveis especificamente para a população brasileira. O TC6M foi realizado utilizando-se um corredor adaptado de 6 metros de comprimento com marcações indicando o início e o fim do percurso. As orientações e frases de incentivo foram padronizadas. O cálculo da distância total foi realizada por meio da contagem do número de voltas e medida em metros. A análise estatística foi realizada com o programa SPSS (Statistical Package for Social Sciences, Chicago, IL, USA) versão 18 e utilizou-se o teste não paramétrico de Mann-Witney e significância estatística de p < 0,001. RESULTADOS: De acordo com o questionário IPAQ todos os sujeitos foram considerados fisicamente ativos, onde quatro deles foram classificados como “ativos” e os demais como “muito ativos”. A média da distância predita foi de 626 metros, enquanto que a média da distância percorrida foi de 316,5 metros, sendo a distância mínima de 264 metros e a máxima de 408 metros. Ao comparar as distâncias predita e percorrida, observou-se que nenhum dos indivíduos atingiu a distância prevista (p< 0,001). CONCLUSÃO: O desempenho funcional dos amputados transfemorais foi abaixo do esperado devido a perda da articulação do joelho e tornozelo; e que a protetização e o processo de reabilitação deste indivíduos ainda não os permite atingir o nível funcional de marcha predita no TC6M.