INFLUÊNCIA DA ESTIMULAÇÃO SENSÓRIO MOTORA SOBRE OS PARÂMETROS DO BOLETIM SILVERMAN-ANDERSEN

Autores

  • Geisy Hellen Mamedes Silva UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Natália Matos Tedesco UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Mariana Cunha Ganci UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Leila Foester Merey UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Daniele de Almeida Soares UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Geruza de Souza Malhmann UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL
  • Renata Donaire Ferreira UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO DO SUL

Resumo

INTRODUÇÃO: O nascimento é um período sensível, quando ocorre antes das 37 semanas de gestação, o cuidado deve ocorrer de maneira mais específica, para que se evite possíveis complicações. A fisioterapia é uma possibilidade viável e de baixo custo, disponível na rotina hospitalar e pode contribuir significativamente com o processo de desenvolvimento sensorial e motor dos recém-nascidos, contribuindo com a diminuição do tempo de internação hospitalar, através da aplicação de técnicas específicas e programas de estimulação sensório motora. Há um grande índice de desconforto respiratório nestes recém nascidos devido à falta de maturidade do sistema respiratório, por isso a importância da avaliação utilizando o Boletim de Silverman-Andersen, um método clínico útil para quantificar o grau de desconforto e estimar a gravidade do comprometimento pulmonar. OBJETIVOS: Verificar a influência da estimulação sensório motora nos critérios analisados pelo Boletim de Silverman-Andersen. METODOLOGIA: "As técnicas nos protocolos de estimulação sensorial se dão através da organização sensorial, podendo contribuir com a melhora da mecânica respiratória do recém-nascido. A estimulação foi realizada pela mesma fisioterapeuta na mesma sequência de exercícios, sendo: dissociação de tronco, chutes e alcance alternados, sentir cabeça e mãos, estimulação facial e posicionamento em decúbito dorsal. Foram incluídos na pesquisa, RNPT de 28 a 37 semanas de IG, com mais de 1100g e ganho de peso ascendente. Excluídos com alterações cardíacas e hemorragia peri-intraventricular grau III ou IV. Consideramos que 50 bebês estavam aptos a pesquisa, contudo houve 20 RNPT que não a concluíram; 8 por perda de peso, 7 por alta hospitalar e 5 por desistência das mães. Então estimulados foram 30 bebês, por 10 minutos, durante o período de três dias, analisando os parâmetros do boletim antes da estimulação, logo após e 15 minutos após o término. RESULTADOS: No 1º dia de intervenção 11 bebês antes de iniciarem a estimulação apresentaram pontuação zero. Nos períodos após, a maioria permaneceu com zero, apenas 4 tiveram aumento. Outros 09 bebês apresentaram boletim 1 antes da estimulação; a maioria manteve a mesma pontuação nesse caso. E 03 bêbes pontuaram antes da intervenção boletim 2, e apenas 1 manteve a pontuação, os demais diminuíram. No 3º dia de intervenção 12 não pontuaram o boletim, nos períodos após a estimulação a maior parte se manteve com a pontuação zero. Outros 10 bebês pontuaram 1 no boletim antes da estimulação, mais da metade diminuiu para zero, e apenas 1 bebê aumentou para 3. E 01 bebê pontuou 2 antes do início da intervenção, logo após manteve a pontuação 2, e 15 minutos após diminuiu para 1. Por fim 07 RNPT apresentaram 0 em todos os 3 dias. Os itens pontuados como 1, corresponderam em todos os casos como assincronismo leve; 2 - o RN apresentava assincronismo leve e tiragem, e 3 - os itens anteriores mais batimento de asa de nariz. CONCLUSÃO: Os recém nascidos apresentaram melhora significativa do 1º dia de estímulos para o 3º dia, aumentando a quantidade de bebês que tiveram menor pontuação no boletim e nos períodos após intervenções as respostas também se mantiveram melhores.