PERCEPÇÃO DOS ESPAÇOS URBANOS: VISÃO DA POPULAÇÃO IDOSA

Autores

  • Tatiana dos Anjos Pimentel CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA - UBM
  • Vladimir Lopes de Souza CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA - UBM
  • Laís Carlos Amaral da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA - UBM
  • Glauco Fonseca de Oliveira CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA - UBM

Resumo

INTRODUÇÃO: Em 2005 foi criado pela Organização Mundial de Saúde o Guia Global das Cidades Amigas da Pessoa Idosa, como objetivo de orientar os gestores públicos quanto a necessidade de criar espaços públicos que garantam aos idosos acessibilidade e segurança durante seu processo de envelhecimento, ou seja, que ocorra uma adaptação das estruturas e serviços para adequação desta crescente população (OMS, 2009). OBJETIVOS: - Analisar a percepção dos idosos quanto espaço urbano em que eles vivem. - Avaliar a percepção dos idosos em relação a acessibilidade dos espaços públicos;às conectividades das vias de tráfego nos espaços públicos;a infraestrutura dos espaços públicos;à estética dos espaços públicos; ao tráfego nos espaços públicos e à segurança dos espaços públicos. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa quantitativa e transversal.Participaram da pesquisa 63 idosos de ambos os sexos entre 60 e 70 anos de idade, moradores de um Município localizado na região do Médio Paraíba, no Estado do Rio de Janeiro.Foi utilizado um questionario baseado no instrumento Neighborhood Environment Walkability Scale (NEWS). Os domínios escolhidos foram: (1) acessibilidade, (2) conectividade das vias, (3) infraestrutura, (4) Estética e (5) tráfego. RESULTADOS: Em relação aos participantes 60,3% dos idosos são do sexo masculino e 39,7% dos idosos são do sexo feminino. Foram avaliados 23 bairros do Município participante da pesquisa. Estes bairros foram escolhidos de forma aleatórios, pois os participantes também foram escolhidos de forma aleatória. Quanto a variável acessibilidade, a maioria dos bairros avaliados pelos idosos apresentaram resultados positivos. A existência e a proximidade do comércio, associado a presença de escolas próximas e facilidade de caminhar pelo bairro corroboram estes dados positivos. Porém, o dado destoante foi a dificuldade em estacionar os carros próximos ao comércio do bairro. Em relação à conectividade das vias o resultado mostrou que a grande maioria dos idosos (52,20%) tem percepção positiva sobre a mobilidadeem seu bairro e menor parcela de idosos (5,4%) não apresentam esta mesma percepção positiva. Em relação à estéticaa percepção dos idosos quanto a presença de árvores e a sombra produzida por estas árvores em seus bairros foram variáveis que apresentaram uma boa percepção pelos idosos. A existência de coisas interessantes e atrativos naturais durante a caminhada por seus bairros também apresentaram resultados positivos e áreas para a prática de esportes e caminhadas pelo bairro. De forma contrária, a presença de lixo e entulho e a presença de vendedores ambulantes pelas calçadas dos bairros foram os pontos que destoaram neste domínio No domínio tráfego os resultados mostraram percepções positivas em relação a sinalização das ruas, garantindo segurança necessária para se movimentar pelos bairros,porém, os pontos negativos se relacionam a caminhada pelo bairro, onde a maioria dos idosos concordarem que o excesso de tráfego dificulta as caminhas em seu bairro e a poluição emitida por carros e ônibus durante a caminhada. CONCLUSÃO: O conhecimento do aspecto urbano relacionado a acessibilidade dos idoso pode ser uma importante ferramenta diagnóstica para prevenir doenças, facilitar a mobilidade, estimular a prática de atividade física, manter seu convívio social ativo e contribuir na qualidade de vida durante a velhice.