PREVALÊNCIA DAS DISFUNÇÕES TEMPOROMANDIBULARES ASSOCIADAS À CERVICALGIA EM DOCENTES DA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Autores

  • Larissa Camilo da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
  • Daniel Gomes da Silva CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA
  • Vladimir Lopes de Souza CENTRO UNIVERSITÁRIO DE BARRA MANSA

Resumo

INTRODUÇÃO: Alterações na coluna cervical estão presentes em grande quantidade de pacientes com DTM (STIESCH-SCHOLZ; FINK; TSCHERNITSCHEK, 2003). Segundo Vieira et al. (2004) existe uma relação entre os músculos da cabeça e da cervical com o sistema estomatognático, sendo assim, já esta em estudo a confirmação das alterações da cabeça e da coluna vertebral podem ocasionar uma mudança biomecânica da ATM, levando a uma disfunção temporomandibular. OBJETIVOS: Avaliar a correlação existente entre as disfunções da articulação temporomandibular e cervicalgia em um grupo de docentes que atuam na educação superior; Analisar a articulação temporomandibular e suas disfunções; Analisar a cervicalgia e suas correlações com a articulação temporomandibular. METODOLOGIA: "Participaram do estudo 30 docentes, de ambos os gêneros, com faixa etária entre 30 e 60 anos. A presente pesquisa será realizada em uma Instituição de Ensino Superior localizado no interior do Estado do Rio de Janeiro/RJ. Para análise dos problemas de DTM foi utilizado o Questionário Anamnésico de Fonseca,que avalia o grau de acomentimento da articulação temporomandibular e os sintomas de DTM através de 10 perguntas fechadas, sendo que para cada uma das questões existem três respostas (sim, não e às vezes) para as quais já são pré-determinados três pontuações (10, 0 e 5 respectivamente). Com a soma dos pontos atribuídos consegue-se um índice anamnésico que permite a classificação dos voluntários em grupos de severidade de sintomas em: sem DTM (0 a 15 pontos), DTM leve (20 a 45 pontos), DTM moderada (50 a 65 pontos) e DTM severa (70 a 100 pontos). Para avaliar os problemas cervicais foi utilizado o Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço (Neck Disability Index). O escore do Neck Disability Index ou NDI consiste no somatório de pontos das respostas de cada questão, que vale de 0 a 5 respectivamente, tendo um total de máximo de 50 pontos. Após somatório pode-se considerar sem incapacidade os valores de 10% (menos de 5 pontos); de 10% a 28%, é considerado incapacidade mínima; de 30% a 48% incapacidade moderada; de 50% a 68% incapacidade severa e acima de 72% é considerado incapacidade completa (VERNON; MIOR, 1991). RESULTADOS: De acordo com os dados coletados e apresentados, referentes ao Questionário Anamnésico de Fonseca pode-se constatar que dos 30 docentes participantes, sendo 16 do gênero feminino e 14 do gênero masculino, 30% não apresentaram grau de acometimento na ATM, 53,33% apareceram com uma leve DTM, 3,33% com DTM moderada e 13,33 % com DTM severa. Sendo assim, 9 docentes, ou seja, 30% não apresenta DTM e 70%, ou seja, 21 docentes apresentam DTM. Conforme os dados indicativos das informações coletadas pelo Índice de Incapacidade Relacionada ao Pescoço (Neck Disability Index) foram apresentados 40% sem incapacidade, 46,66% com incapacidade mínima, 13,33% com incapacidade moderada e 0% com incapacidade severa ou completa. Sendo assim, 12 docentes, ou seja, 40% não possuem incapacidade e 60%, ou seja, 18 docentes possuem incapacidade. CONCLUSÃO: Os resultados da pesquisa permitiram identificar forte correlação entre DTM e cervicalgia corrobando com outras pesquisas realizadas sobre o tema.