DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS FISIOTERAPEUTAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS - CENSO 2010

Autores

  • Márcia Luciane Drumond das Chagas e Vallone PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Jéssica Sabadini Silva de Oliveira PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Eduarda Bueno Dornelas PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Luísa Farias Amaral Castro PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
  • Luísa Nassif Silva PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

Resumo

INTRODUÇÃO: O número de Fisioterapeutas cresceu consideravelmente nas últimas décadas, conquistando novas áreas de atuação. Conhecer a disponibilidade de capital humano desse profissional, identificando as deficiências e desigualdades espaciais na oferta desta assistência, pode auxiliar o direcionamento do ensino e formação dos Fisioterapeutas, ações estratégicas dos empregadores e gestores, bem como, o desenvolvimento de políticas públicas de educação e saúde, certificando a importância do Fisioterapeuta no cenário da saúde. Estudos que caracterizem e identifiquem a distribuição espacial dos mesmos e suas relações, são escassos e podem auxiliar nesse direcionamento. OBJETIVOS: Caracterizar o perfil dos Fisioterapeutas de Minas Gerais (MG) em 2010, suas condições demográficas e socioeconômicas e o padrão de distribuição espacial dos mesmos, bem como, identificar situações de saturação, carência ou equilíbrio quanto à distribuição de Fisioterapeutas no Estado, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) que preconiza 1 Fisioterapeuta/1000 habitantes. Investigar se há relação entre a presença de IES e maior concentração dos profissionais nos municípios. METODOLOGIA: A principal fonte de dados utilizada foi o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), através da variável ocupação, para caracterização e localização dos profissionais de Fisioterapia de MG e também dados do Ministério da Educação (e-MEC) a fim de identificar Instituições de Ensino Superior (IES) ativas no Estado de MG. Através do software SPSS 17.0, analisou-se as variáveis sexo, raça, estado civil, renda, formação profissional e população. Por fim, dados referentes ao número de Fisioterapeutas e das IES de MG foram espacializados no ArcGIS 10.1, permitindo análise espacial das variáveis estudadas. RESULTADOS: O perfil demográfico dos Fisioterapeutas mineiros mostra maior frequência de profissionais do sexo feminino (75,69%), da raça branca, solteiros e com Pós-Graduação Lato-sensu (24,28%). Em relação as condições de trabalho, a maioria é contribuinte da Previdência, estão nos serviços privados, 45,38% são empregados sem carteira assinada e apenas 4,69% declarou ser autônomo. A carga horária de trabalho oscila entre 30 horas (40% dos declarantes) e 40 horas semanais (55%). Os salários apresentam um valor mediano de R$1555.50, sendo que os homens apresentam média salarial de R$2450.00 e as mulheres de R$ 1911.00. Há registro de 67 IES em MG, sendo que a frequência dos Fisioterapeutas está relacionada ao município de localização das mesmas. CONCLUSÃO: No Norte do estado observamos menor concentração dos Fisioterapeutas, com exceção de Montes Claros. Há situação de equilíbrio em relação ao índice preconizado pela OMS (1 Fisioterapeuta/1000 habitantes) nas microrregiões do Sul e sudoeste do Estado, onde estão localizados os municípios com maior número de IES e maior concentração: Belo Horizonte, Juiz de Fora, Uberlândia e Uberaba (0,85 a 1,41 fisioterapeutas/mil habitantes). Observa-se fenômeno de feminilização da profissão, marcando também a discrepância entre os salários médios entre homens e mulheres. Há maior concentração nos serviços privados, com jornada de 40 horas semanais.