DISTRIBUIÇÃO DOS INVESTIMENTOS PÚBLICOS EM FISIOTERAPIA E SAÚDE SUPLEMENTAR: SÉRIE HISTÓRIA DE 2010 A 2014

Autores

  • Isadora Ferreira Henriques UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UFTM
  • Mariana Colombini Buranello UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UFTM
  • Shamyr Sulyvan de Castro UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO - UFTM

Resumo

INTRODUÇÃO: O estudo dos investimentos públicos em fisioterapia e da cobertura pela saúde suplementar possibilita uma reflexão acerca das relações complementares entre os investimentos públicos e privados em saúde, e indiretamente na fisioterapia, resultando em informações úteis na formulação de estratégias para direcionamento de investimentos. OBJETIVOS: Descrever o perfil dos investimentos públicos em fisioterapia e verificar a correlação destes investimentos com a taxa de cobertura de plano de saúde, nas grandes regiões brasileiras e nas unidades de federação, 2010 a 2014. METODOLOGIA: Estudo descritivo, retrospectivo, de 2010 a 2014. Os dados referentes aos investimentos públicos aprovados por região e unidades de federação do país segundo atendimento em fisioterapia foram obtidos no setor de Sistema de Informações Ambulatoriais do Sistema Único de Saúde (SIA/SUS), no site do DATASUS. As informações correspondentes à taxa de cobertura por plano de saúde foram obtidos no setor de Informações de Saúde Suplementar, disponível no site da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Foi calculado o valor per capita gasto em cada região e unidade da federação. Os dados populacionais foram obtidos segundo o censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram analisados e para estabelecer a correlação entre a distribuição per capita dos investimentos e a taxa de cobertura por plano de saúde, foi realizada o teste de Spearman e Intervalo de Confiança (IC-95%). RESULTADOS: A média de investimento per capita em reais no Brasil foi de 117,16 (±3,52). Considerando os intervalos de confiança, houve diferença da média de investimento per capita em fisioterapia entre o Brasil e as regiões Norte, Sul e Centro-Oeste. Dentro da região Norte, houve diferença entre os estados: Acre, Amazonas, Amapá e Tocantins. Dentro da região Nordeste: Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Na região Sudeste, houve diferença para os estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Para o Centro-Oeste houve diferença apenas para o estado do Distrito Federal. O coeficiente de correlação foi -0,90 para: Bahia, Ceará e Minas Gerais; de 0,90 para o estado do Pará e de 1,00 para: Rio Grande do Sul, Goiás e Distrito Federal. CONCLUSÃO: Os investimentos públicos em fisioterapia no período de 2010 a 2014 variaram entre as regiões brasileiras e entre as unidades de federação. A relação entre a taxa de cobertura de plano de saúde e os investimentos públicos tem comportamento diverso, segundo os estados estudados.