ATUAÇÃO DA FISIOTERAPIA NO CENTRO OBSTÉTRICO DURANTE O TRABALHO DE PARTO

Autores

  • Carla Vanessa Cordeiro Rodrigues UNIVALI
  • Danielle Teixeira UNIVALI
  • Dalni Leontina Pereira UNIVALI
  • Luciane Silva da Rosa UNIVALI
  • Rita de Cássia Teixeira Rangel UNIVALI
  • Simone Beatriz Pedrozo Viana UNIVALI

Resumo

INTRODUÇÃO: A gestação é mais do que um evento biológico na vida das mulheres, que culmina com o parto, e durante alguns séculos configurou como componente essencial do papel da mulher na ordem social. Definido como mecanismo fisiológico da mulher, desencadeado por ações neuro-hormonais e mecânicas, o parto, além de proporcionar o nascimento de um novo ser, expõe a mulher a situações físicas e emocionais nem sempre agradáveis. O medo, tensão e fadiga, a solidão e o desamparo social e afetivo, associados ao ambiente hospitalar são fatores que aumentam a percepção dolorosa do trabalho de parto. Embora, partos naturais tenham sido incentivados pela organização mundial da saúde, é fundamental que sejam cada vez mais humanizados. O fisioterapeuta, por sua formação, é um profissional capacitado para contribuir qualitativamente com a equipe de saúde no atendimento à parturiente, podendo auxiliá-la a vivenciar um trabalho de parto menos doloroso e traumático. Este relato de experiência tem por objetivo compartilhar ações realizadas por acadêmicas de fisioterapia, acompanhadas por profissionais do Centro Obstétrico do Hospital Ruth Cardoso, em Balneário Camboriú, a partir da integração ensino-serviço oportunizada pelo Programa de Educação para o Trabalho - PET Rede Cegonha. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Durante o trabalho de parto as parturientes eram orientadas a encontrar posições mais confortáveis e a realizarem procedimentos naturais que pudessem aliviar a dor e melhorar a evolução da dilatação do colo uterino, diminuindo o tempo de trabalho de parto. Entre as medidas estavam exercícios respiratórios; posicionamento; deambulação; banho quente na fase ativa do parto; exercícios na bola suíça; agachamento quando vinham as contrações, embora nem todas conseguissem realizar, por falta de condicionamento físico ou de desejo. Foram realizadas manobras relaxantes, sempre com a permissão das gestantes, entre as contrações faziam-se massagens na região cervical, ombro, lombar, abdômen, membros superiores e inferiores. Tudo era realizado de forma suave e com muito carinho, proporcionando confiança e o alivio das tensões; O tempo todo era realizado medidas de conforto como pegar na mão, caminhar com a gestante, ajuda-la a tomar banho, proferir palavras de estímulo e incentivo, elogios e contato visual. IMPACTOS: Impacto: Relaxamento, melhor controle da ansiedade e da dor foi frequentemente citado pelas parturientes. Observamos maior efetividade no trabalho de parto, bem-estar físico e emocional da gestante, aumento da confiança, redução do medo, maior consciência do processo de trabalho de parto e diminuição no uso de fármacos. Facilitação das atividades de rotina da equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A presença da fisioterapia no Centro Obstétrico influencia de maneira positiva o trabalho de parto, ajudando a gestante a tornar o processo mais ativo, natural e humanizado. Os bons resultados alcançados contribuíram com a aceitação da fisioterapia e reconhecimento por parte da equipe, até então desconhecida naquele ambiente. A participação via PET foi fundamental para a formação profissional.