REABILITAÇÃO CARDÍACA PRECOCE EM PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA CARDÍACA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DO SERVIÇO DE FISIOTERAPIA DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES (HUOL)

Autores

  • Catharinne Angélica Carvalho de Farias HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Jackson Cláudio Costa de Lima HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Mariana Galvão de Medeiros HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Joceline Cássia Ferezini de Sá HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Fagna Maria de Andrade e Silva HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES
  • Ana Michelle Araújo de Paiva HOSPITAL UNIVERSITÁRIO ONOFRE LOPES

Resumo

INTRODUÇÃO: As doenças cardiovasculares são uma das principais causas de morbimortalidade no mundo, especialmente as associadas às doenças ateroscleróticas. Muito frequente, o quadro da cardiopatia já não comporta tratamento clínico conservador, sendo assim indicativo de cirurgia. A reabilitação cardíaca constitui uma alternativa terapêutica fortemente indicada, podendo ser descrita como um conjunto de atividades com exercícios supervisionados, educação e orientações necessárias para assegurar a condição física, mental e social dos pacientes. Cirurgias cardíacas são frequentes no HUOL, tendo em vista que este hospital é referência nesse tipo de tratamento no estado do Rio Grande do Norte (RN), bem como no atendimento de pacientes com outras patologias do sistema cardiovascular. A demanda de pacientes em nosso serviço é alta e a variedade de casos e quadros clínicos é significativa, cabendo aos fisioterapeutas intensivistas desse hospital a responsabilidade de iniciar o restabelecimento da sua capacidade funcional ainda na UTI. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A reabilitação dos pacientes pós cirurgia cardíaca é realizada através do protocolo cirúrgico de reabilitação cardiovascular fase I (ou fase hospitalar). Este protocolo constitui atividades de alongamento muscular cervical, exercícios respiratórios diafragmáticos, exercícios ativos de extremidades e grandes articulações de membros superiores e inferiores, transferência do leito para poltrona, marcha estacionária e estimulo à deambulação precoce podendo chegar até 50 metros quando ainda está na UTI. Somam-se a isto, atividades de correção de posturas viciosas com proteção da área de incisão e exercícios de tosse para manter a permeabilidade de vias aéreas. Concomitantemente, é introduzida a terapia um conjunto de orientações e observações a respeito dos objetivos e da importância da fisioterapia cardiovascular, incentivando desta forma a continuação do tratamento nas enfermarias e fora do ambiente hospitalar. IMPACTOS: São abordados o quadro atual do paciente, as perspectivas da reabilitação e o seu prognóstico. É de extrema importância a monitorização contínua das variáveis hemodinâmicas uma vez que direcionam a evolução do protocolo de reabilitação antes, durante e após o atendimento. A busca ativa pela otimização do trabalho e alinhamento entre teoria e prática traz diferencial ao atendimento realizado pela equipe de fisioterapeutas preceptores e residentes do HUOL. Os pacientes assistidos através de programa de reabilitação cardiovascular têm nova perspectiva de prognóstico. A prevenção de complicações pulmonares, cardíacas e osteomioarticulares e consequentemente alta precoce da UTI reduzem os custos assistenciais. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Desta forma, o profissional fisioterapeuta é parte integrante e essencial no tratamento dos pacientes em pós operatório de cirurgia cardíaca. Prognósticos satisfatórios, a boa aceitação do paciente, da equipe médica e multiprofissional, sugerem que o um programa de reabilitação cardiovascular precoce devam ser aplicados como rotina nos atendimentos de pacientes em pós-operatórios de cirurgia cardíaca na UTI.