A INTERAÇÃO ENSINO-SERVIÇO: IMPACTOS SOBRE A FORMAÇÃO ACADÊMICA/PROFISSIONAL

Autores

  • Ednéia Aparecida Leme INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Leidiane de Oliveira Santos INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Marilena Bezerra Martins INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)
  • Mauren Lopes de Carvalho INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO RIO DE JANEIRO (IFRJ)

Resumo

INTRODUÇÃO: A formação do fisioterapeuta deve possibilitar a interação teoria-prática (T/P) no transcorrer do curso, contribuindo para sua atuação no SUS1. O estágio supervisionado apresenta-se como estratégia pedagógica e consolida a relação teoria-prática a partir do contato com as necessidades de saúde e do mundo do trabalho2. A interação ensino-serviço na Atenção Básica (AB) pressupõe o trabalho coletivo, com a participação de estudantes, professores e trabalhadores que compõe as equipes de saúde visando à qualidade de atenção, da formação profissional e a satisfação dos trabalhadores3. No IFRJ a disciplina de Estagio I, na AB, articula-se com a disciplina Fisioterapia Comunitária promovendo a integração T/P, facilitando a compreensão do cenário de pratica e desenvolvendo ações voltadas para a consolidação dos princípios e diretrizes do SUS. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Trata-se de vivência na Clínica da Família Armando Palhares Aguinaga (CFAPA), desenvolvida no 2º semestre/2014, em parceria entre as citadas disciplinas, cujo objetivo foi identificar pontos críticos da realidade e propor soluções para os mesmos. Foi utilizada a Metodologia da Problematização, seguindo o percurso do Arco-Maguerez4. Tomando-se da observação da realidade, destacam-se os pontos críticos a partir dos quais desenvolve-se a teorização e posteriormente a construção de hipóteses de solução que são, então, aplicadas á realidade. O cenário foi a CFAPA, onde destacou-se como ponto critico - a comunicação entre os profissionais da equipe de saúde e estagiários. Realizou-se pesquisa bibliográfica de artigos e documentos sobre os temas: trabalho em equipe, comunicação, interação ensino serviço, Educação Permanente em Saúde (EPS). A revisão teórica possibilitou o reconhecimento de experiências similares que subsidiaram as propostas de intervenção realizada. Como hipótese de solução recorreu-se a estratégia de EPS, reflexão de forma sistemática e participativa a respeito dos processos de trabalho no próprio cenário das práticas, aonde o pensar e o fazer tornam-se insumos do aprendizado e do trabalho?. O processo de intervenção foi realizado em Roda de Conversa, onde foi apresentado o Regulamento de Estágio6, destacando-se os objetivos atingidos, os não alcançados e as barreiras identificadas pelos estagiários. A seguir realizou-se a "dinâmica da teia" onde os profissionais deveriam responder: “Como você vê o grupo (de estagiários) na AB?” e “Quais seriam as atividades nas quais eles devem participar?”. Apontadas as percepções, realizou-se a segunda parte da dinâmica, constituída numa “caixa surpresa”, que continha perguntas como: quais eram as mudanças observadas após a entrada dos estagiários no serviço? Qual a importância de realizar estágio na AB durante a formação? Como foi o início do seu trabalho na atenção básica e como era/é o modelo de equipe proposto? IMPACTOS: Essa intervenção oportunizou reflexão, abertura do diálogo entre estagiários e profissionais, de modo que pudessem expor seus anseios e expectativas uns para com os outros, no sentido do desenvolvimento do trabalho em equipe. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O encontro além de enriquecedor para funcionários e estagiários, demonstrou a importância das parcerias disciplina/estágio para a formação. Ressalta-se a eficácia da EPS para o desenvolvimento do trabalho em equipe bem como no processo de formação acadêmica/profissional para atuação no SUS.