FESTA DO QUARTO ESCURO

Autores

  • Lucia Maria Gil da Silva UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Raiany Oliveira Costa UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Adriene Costa Novaes UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Nathália Luiza do Bonfim Vieira UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Dayane Teodoro UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Isabelle Moreira Alves UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Fernanda Monteiro Miller UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO
  • Andréia Marques Vieira UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO

Resumo

INTRODUÇÃO: Segundo o Boletim Epidemiológico AIDS e DST de dezembro de 2013, do Ministério da Saúde, o Rio de Janeiro é um dos estados brasileiros com maior taxa de detecção de casos de AIDS (28,7%) e redução das taxas de mortalidade (5,5 por 100.000). Atualmente, os esfoços para o controle da epidemia de HIV/AIDS estão concentrados no diagnóstico precoce e no tratamento medicamentoso e, apesar dos esforços, 29% dos indivíduos infectados pelo HIV ainda chegam ao serviço de saúde apresentando taxas de CD4 inferior a 200 células por mm3 (www.aids.gov.br). Devido a relevância da questão parece evidente que tema não pode deixar de ser discutido pela sociedade, especialmente nas instituições de ensino brasileiras. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: Durante a disciplina de Práticas Investigativas na Saúde da Família, a turma foi apresentada a uma situação problema em que uma jovem contraiu o vírus HIV com seu namorado, que costumava frequentar festas universitárias e bailes funk antes do namoro. O comportamento sexual irresponsável dos jovens e a busca pelo prazer sem limites passou a ser objeto de interesse dos alunos Durante a busca por literaturas científicas que tratassem do assunto, os alunos descobriram que o tema já é objeto de interesse em muitos estudos. A partir de então passaram a estudar as principais doenças sexualmente transmissíveis e posteriormente a elaborar uma estratégia de ação que pudesse correlacionar a alegria da festa com choque do diagnóstico de doenças sexualmente transmissíveis. A atividade final aconteceu durante a Semana Acadêmica do Curso de Fisioterapia de 2014, sendo montada uma grande festa em uma tenda de lona preta, com luzes, música e alunos que vestidos de preto convidavam a todos que passavam para curtir uma balada. Ao entrar os convidados eram surpreendidos por várias pessoas dançando, e alguns após algum tempo de exposição ao estímulo passavam a reproduzir gestos e danças mais ousadas. Durante a festa, etiquetas coloridas eram coladas nos convidados por alguns alunos específicos Posteriormente, os convidados eram levados para parte externa onde ficava a tenda da saúde acompanhavam as explicações dos alunos a respeito das diversas doenças contraídas e representadas pelas etiquetas coloridas, resultado de um comportamento de grande risco. IMPACTOS: Durante o período de 11 às 19 horas, duzentas pessoas foram atraídas pela curiosidade e participaram da atividade. Muitas pessoas elogiaram a atividade, mas especialmente jovens e adolescentes demonstraram maior espanto, desconhecimento e preocupação em relação as formas de contágio e as consequências na vida do indivíduo. Os alunos envolvidos identificaram muitos jovens da região ainda desconhecem as doenças sexualmente transmissíveis e suas formas de contágio. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A luta contra o crescimento dos casos de AIDS no Brasil, não deve ser de responsabilidade apenas do Ministério da Saúde, mas deve ser assumida por todos os segmentos da sociedade brasileira. Para os alunos que participaram da atividade, a experiência positiva reforçou que o uso de estratégias criativas e que falem a mesma linguagem da comunidade são mais efetivas no alcance dos objetivos.