FORMAÇÃO DE GESTORES PARA O SUS - A EXPERIÊNCIA DO DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA DO MINISTÉRIO DA SAÚDE

Autores

  • Adriana Paula de Almeida DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA/MINISTÉRIO DA SAÚDE
  • Vanessa Lora DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO BÁSICA/MINISTÉRIO DA SAÚDE

Resumo

INTRODUÇÃO: A formação em Gestão para o SUS ainda é uma prática timidamente abordada nas Instituições de Ensino. Recentemente, além de uma ampliação da abordagem desta temática nos cursos de graduação e da criação de um curso específico com este tema, tem havido um crescimento de cursos de pós-graduação, dentre eles, os cursos com atividades práticas de formação em serviço. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: No ano de 2013, do Departamento de Atenção Básica (DAB), em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), realizaram a primeira edição de Especialização em Saúde Coletiva e Educação na Saúde – Curso de Formação em Serviço. Este curso, que teve como principal objetivo a formação de gestores para o SUS, com ênfase em Atenção Básica. Teve duração de 12 meses e contemplou dois grupos de alunos: cursistas e bolsistas. Os cursistas eram trabalhadores do Departamento, que fizeram a formação teórica e os bolsistas foram selecionados através de processo seletivo público e, além da formação teórica, fizeram imersão prática nas Coordenações do DAB. As atividades de imersão previam a atuação do bolsista nas coordenações, através do acompanhamento de preceptores no serviço, e de tutores que faziam a integração ensino-serviço tanto com bolsistas quanto com cursistas. Ao longo desse ano, além das atividades teóricas contempladas nas aulas, foram realizados encontros temáticos, denominados “rodas”, em que foram abordados assuntos relacionados ao cotidiano da imersão, análise de conjuntura técnico-política e debates sobre políticas pertinentes à Atenção Básica. IMPACTOS: Ao todo, 37 profissionais de nível superior concluíram o curso e receberam o título de especialista. Porém, a formação extrapolou estes profissionais. A circulação dos bolsistas entre as coordenações criou redes potentes de diálogo afetivo e de trabalho, aproximando equipes técnicas e potencializando grupos de trabalho. Ter entre os especializandos um grupo de trabalhadores do DAB também fez com que, além de ampliar sua formação teórica, os trabalhadores potencializassem relações de trabalho sólidas e qualificadas. Após o curso, parte dos bolsistas foram contratados para atuar no Ministério da Saúde, outros assumiram concursos públicos na área de gestão do SUS ou foram atuar na assistência, como em equipes de Nasf. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O impacto desta formação foi muito positivo, produzindo conhecimento sobre as práticas cotidianas do trabalho na gestão federal, através dos TCCsTrabalhos de Conclusão de Curso, mas também ampliando a reflexão sobre a produção e monitoramento de políticas públicas em saúde. Há uma segunda turma em andamento, desta vez em parceria com outra Secretaria do Ministério da Saúde, o que reafirma que a experiência foi bem sucedida e potente para a formação de gestores para o SUS."