FISIOTERAPIA AQUÁTICA COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DE CRIANÇAS COM DISFUNÇÕES NEUROMOTORAS

Autores

  • Andréa Carla Brandão da Costa Santos Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
  • Werônica Katylene Louzeiro Jacobina Félix Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
  • Carla Patrícia Novaes dos Santos Fechine Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ
  • Meryeli Santos de Araújo Dantas Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ

Resumo

INTRODUÇÃO: A Fisioterapia Aquática (FA) é uma das técnicas utilizadas como forma coadjuvante no tratamento de crianças com disfunções neuromotoras e vem crescendo como modalidade de fisioterapia, pois as suas técnicas se baseiam em conceitos de biomecânica e fisiologia, as quais utilizam as propriedades físicas da água como a densidade, o empuxo, a pressão hidrostática e a turbulência como auxiliares do tratamento. Na fisioterapia aquática, as propriedades físicas da água associadas ao calor promovem facilitação dos movimentos, além de permitir o trabalho em grupo e tornar a terapia agradável, principalmente para crianças. Assim, essa terapia possibilita estimular o potencial da criança, visando uma maior independência funcional. OBJETIVOS: Compreender a percepção dos pais acerca da fisioterapia aquática como recurso coadjuvante no cuidado terapêutico de crianças com disfunções neuromotoras. METODOLOGIA: Caracterizou-se como um estudo de campo, de abordagem qualitativa do tipo exploratório descritiva. A pesquisa foi realizada nas dependências da Clínica Escola de Fisioterapia do Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) no mês de agosto de 2013. Foram entrevistados sete pais de crianças com disfunções neuromotoras. Como instrumento de coleta de dados foi utilizado um questionário sócio demográfico para caracterização dos participantes, e uma entrevista semi-estruturada que foi gravada, após autorização e assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Em seguida, a entrevista foi transcrita na íntegra e posteriormente analisada. O roteiro da entrevista semi-estruturada teve como base questões norteadoras que abordaram a temática deste estudo. A análise do material empírico adotou as etapas propostas por Minayo (2009) que aborda três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final. RESULTADOS: A idade dos participantes variou entre 29 e 54 anos. Em relação ao estado civil, os sete eram casados. Quanto ao nível de escolaridade, um possuía ensino superior completo, quatro ensino médio completo, um ensino médio incompleto e um ensino fundamental completo. Os resultados apontaram que a fisioterapia aquática ajudou na adaptação e aceitação da terapia pela criança, pela positividade da ludicidade e também por permitir através dos efeitos terapêuticos da água, facilidade de movimentos em detrimento do solo. Os pais ainda relataram alguns benefícios, tais como: relaxamento, melhora do equilíbrio e da coordenação motora, além da estimulação do desenvolvimento neuropsicomotor. CONCLUSÃO: Diante do exposto, reconhece que foi positiva a percepção dos pais em relação à fisioterapia aquática no cuidado a essas crianças principalmente potencializando o desenvolvimento sensório motor e melhorando a sua qualidade de vida.