RUBRICA DE AUTO-AVALIAÇÃO DAS HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS BASEADA NO BIGFIVE: UMA EXPERIÊNCIA PILOTO

Autores

  • Ana Maria Delgado Santos CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
  • Jânia de Faria Neves CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA
  • Iany Cavalcanti da Silva Barros CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA

Resumo

INTRODUÇÃO: A autoavaliação é essencial para analisar o desempenho e é uma oportunidade para verificar suas próprias realizações. É um momento para refletir sobre o caminho e as escolhas e, dessa forma, sobre os sucessos e insucessos do processo. Essa visão, uma vez que inclui o que cada sujeito considera exitoso ou não para si, tem uma dimensão simbólica e única que perpassam a noção de tempo e espaço. Assim, sua utilização no ensino - aprendizagem pode ser um importante aliado na percepção das competências e habilidades que precisam ser desenvolvidas ao longo da formação. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A elaboração do instrumento de avaliação das habilidades socioemocionais foi fruto da formação intitulada Metodologia UNIPÊ. Nas diversas discussões realizadas nos workshops da formação, o fato era que os instrumentos cognitivos utilizados para avaliar o discente em sua formação, não contemplavam as habilidades socioemocionais. Uma vez que o estímulo a essas habilidades precisa ser intencional, foi necessário pensar em uma forma de avaliar essas aquisições. Assim, foi elaborado um instrumento piloto, composto por um quadro com os descritores que compõem o Big Five (abertura as novas experiências, conscienciosidade extroversão, amabilidade e estabilidade emocional), seguidos de uma descrição sobre o que cada um significava e o que precisava ser avaliado. O instrumento foi aplicado com discentes do 2º período do Curso de Fisioterapia e utilizado ao final de cada unidade avaliativa. O discente atribuiu, a cada descritor de auto avaliação, uma pontuação que variava de zero a dez, de forma que o zero se referiu ao pior e dez ao melhor desempenho possível a partir do que o sujeito acreditava ser possível alcançar. IMPACTOS: A aceitação do instrumento foi vista com reserva, muitos responderam de qualquer maneira, sem a reflexão necessária. Outros, já conseguiram fazer uma ponderação buscando o docente para conversas após a aula. O instrumento não interferiu na avaliação quantitativa atribuída ao discente, e assim retirou da autoavaliação o caráter punitivo e de juízo de valor, direcionando para o caráter formador, que é o que se almeja e se espera construir paulatinamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O instrumento, mesmo sendo de simples aplicação e sem grande complexidade quanto ao formato, induz a uma reflexão durante a sua aplicação, e se apresenta como uma valorosa estratégia para se pensar em uma formação integral que inclua as competências socioemocionais como parte vital do processo formador.