INCIDÊNCIA DE PONTOS ÁLGICOS CORPORAIS EM CUIDADORES DE CRIANÇAS COM DISFUNÇÕES NEUROMOTORAS NA ASSOCIAÇÃO DE PAIS E AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DA PARAÍBA (APAE/PB)

Autores

  • Patrícia Meireles Brito Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Neide Maria Gomes de Lucena Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Susana Lígia da Silva Rodrigues Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Eliene Martins de Lira Universidade Federal da Paraíba - UFPB
  • Rafaela Vitória Pereira Felipe Universidade Federal da Paraíba - UFPB

Resumo

INTRODUÇÃO: A Classificação Brasileira de Ocupações, sob o código 5162 descreve o cuidador como aquele que zela pelo bem-estar, saúde, alimentação, higiene pessoal, educação e recreação da pessoa assistida. Em situações que o indivíduo apresenta doenças incapacitantes, transtornos mentais ou condições que diminuam sua capacidade para realizar suas atividades de vida diária (AVD), se faz necessário à presença de um cuidador, o qual geralmente é um familiar próximo e coabita no mesmo domicilio. Os cuidadores podem chegar a sofrerem tanto com sobrecargas emocionais quanto físicas. A falta do autocuidado ou repetição de posturas e manobras inadequadas podem fazer com que o cuidador venha a sentir dores em diversas partes do seu corpo. A dor pode ser definida como uma experiência subjetiva pessoal, podendo ser classificada em leve, moderada, chegando a níveis intensos, podendo afetar diretamente a qualidade de vida. OBJETIVOS: Analisar a prevalência de pontos álgicos corporais e quantificação da percepção dolorosa em cuidadores de crianças com disfunções neuromotoras, de modo a direcionar medidas de intervenção para amenizar tais agravos. METODOLOGIA: O presente estudo é de caráter descritivo, do tipo quantitativo, no qual foram analisados cinquenta cuidadores de crianças com disfunções neuromotoras na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais da Paraíba (APAE/PB), durante o período de fevereiro de 2013 a maio de 2014. Com a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos do Hospital Universitário Lauro Wanderley (HULW), segundo a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CAAE: 03808312.0.0000.5183), sendo identificada a incidência de dor por meio do diagrama Corlett e Bishop modificado de sinais e sintomas musculoesquelético. A análise dos dados foi realizada por meio do software SPSS 20.0. RESULTADOS: Durante a entrevista os participantes referiram desconforto em mais de um local do corpo. Porém observou-se que a região lombar representa o local de maior acometimento álgico, apresentando 74% (n=37), a região torácica baixa representando 34% (n=17), seguindo pela região da torácica alta com 30% (n=15), região cervical com 24% (n=12) e região do trapézio direito com 24%( n=12). Os locais de menores índices de dor corporal foram à região do trapézio esquerdo com 20% (n=10), ombro direito com 20% (n=10), joelho direito com 20% (n=10), joelho esquerdo com 20% (n=10) e finalizando com coxa direita apresentando 18% (n=10). CONCLUSÃO: A prevalência de lombalgias em cuidadores de crianças com alterações neuromotoras é frequente em virtude da sobrecarga imposta durante o cuidado, o que pode estar associada a posturas inadequadas, havendo assim a necessidade de intervenções primárias e secundárias em saúde para este coletivo.