INTERVENÇÕES FUNCIONAIS EM PACIENTES COM MIELORRADICULOPATIA ESQUISTOSSOMÓTICA DO MUNICÍPIO DE UMBAÚBA/SE

Autores

  • Rafael Sousa de Brito Universidade Federal de Sergipe
  • Tiago Pinheiro Carvalho Universidade Federal de Sergipe
  • Andreia Costa de Oliveira Universidade Federal de Sergipe
  • Carla Marcela Gomes Ferreira dos Santos Universidade Federal de Sergipe
  • Yanna Menezes Barbosa Universidade Federal de Sergipe
  • Karina Conceição Gomes Machado de Araújo Universidade Federal de Sergipe
  • Heloisa Suzane de Sá Matos Universidade Federal de Sergipe
  • Jader Pereira de Farias Neto Universidade Federal de Sergipe

Resumo

INTRODUÇÃO: A Mielorradiculopatia Esquistossomótica (MRE) é a forma mais grave e incapacitante da esquistossomose. As manifestações são dor lombar, alterações das funções motoras e sensoriais em membros inferiores e disfunção urinária. Essas alterações implicam em limitações na realização e participação de atividades gerando restrições de participação social. Devido à alta prevalência de esquistossomose no município de Umbaúba, com 22.434 habitantes e uma incidência de 19,29 % da população, e a escassez de trabalhos publicados que tratam da intervenção fisioterapêutica na reabilitação do paciente com MRE. OBJETIVOS: Avaliar, tratar as alterações funcionais por meio da fisioterapia e classifica-las através da CIF. METODOLOGIA: Os pacientes foram submetidos a uma avaliação inicial, composta por: Medida de Independência Funcional; Timed Get Up and Go Test para avaliar a mobilidade; força muscular; manobras deficitárias de Migazine e Barré; estesiometria, diapasão 128 Hz e tubos de ensaio com água quente e fria para averiguar a sensibilidade tátil, vibratória e térmica de MMII. Após a Fisioterapia, constituída por 10 atendimentos, duração de 40 minutos e frequência de três vezes semanais, foram reavaliados. As condutas foram elaboradas de forma individualizada, por tratar-se de uma amostra heterogênea, porém todas consistiram em: fortalecimento muscular, treino de equilíbrio, transferências, estimulação sensorial de membros inferiores, treino de AVD´s e marcha. Os dados das avaliações foram usados para se obter os qualificadores dos códigos da CIF. RESULTADOS: A amostra foi composta por quatro voluntários e após as intervenções fisioterapêuticas houve melhora do quadro clínico com consequente redução nos valores dos qualificadores da CIF. Em relação à sensibilidade tátil (sensibilidade à pressão b2702) houve redução de um ponto no qualificador de três indivíduos e de dois pontos em um indivíduo, possivelmente por aumentar a velocidade de condução nervosa e por facilitar as vias aferentes, a sensibilidade à temperatura (b2700) evoluiu em apenas um caso e a vibratória (b2701) não houve alteração. Para força dos músculos da metade inferior do corpo (b7303), três pacientes tiveram redução de um ponto, uma vez que o aumento da força está associado à independência e consequente aquisições funcionais nas atividades, nos códigos selecionados para classificar a funcionalidade e a motricidade (deitar-se, sentar-se, auto transferências, andar distâncias curtas, pôr-se em pé, lavar-se, vestir-se) dois dos três pacientes que tiveram melhora da força houve redução de um ponto no qualificador de todos os códigos, um em apensas três dos sete códigos e no outro não houve alteração. CONCLUSÃO: Os resultados obtidos possibilitaram demonstrar que através de um protocolo de avaliação especifico para o perfil dos pacientes e a classificação da mesma através da CIF foi possível comparar os resultados do tratamento fisioterapêutico, além de proporcionar uma linguagem comum para descrição da saúde e dos estados relacionados com a saúde dos pacientes com MRE.