O SIGNIFICADO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO: A VIDA CONTINUA

Autores

  • Rubia Hiromi Guibo Guarizi Departamento de Fisioterapia da Universidade de Taubaté
  • Ana CArolina Basso Schmitt Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.18310/2358-8306.v3n5.p14

Palavras-chave:

Acidente Vascular Encefálico. Pesquisa Qualitativa. Perfil de impacto da doença. Atividades Cotidianas. Atenção Primária à Saúde.

Resumo

O acidente vascular encefálico está entre as principais causas de mortalidade e incapacidades, gerando mudanças no padrão de vida. Assim, a análise auto-perceptiva sobre a saúde é importante para aprimorar ações e cuidados dos profissionais. O objetivo foi conhecer o significado das sequelas do acidente vascular encefálico para pessoas acometidas. Por metodologia quali-quantitativa, foi avaliada a representatividade social em 27 pessoas acompanhadas pela Saúde da Família de uma cidade do interior paulista, Brasil, que tiveram a doença. A organização e análise dos dados dos discursos foram de acordo com o recurso metodológico do Discurso do Sujeito Coletivo, a partir das expressões-chave, ideias centrais e ancoragens com o software QualiQuantiSoft. As ideias mais prevalentes foram: dificuldades com as sequelas físicas, emocionais e sociais além da dependência de cuidados para as tarefas diárias. Para os homens houve transformação de vida por não poderem mais trabalhar, fazendo-os “o novo dono de casa”; para elas, por não serem mais capazes de cuidar dos serviços domésticos. Entretanto, as pessoas avaliadas são otimistas com o futuro. Desta forma, cabe aos profissionais de saúde, especialmente o fisioterapeuta, que considerem os significados além da clínica para as pessoas que tiveram o acidente vascular encefálico no seu trabalho de cuidado.

Biografia do Autor

Rubia Hiromi Guibo Guarizi, Departamento de Fisioterapia da Universidade de Taubaté

 Mestre pelo Departamento de Fisioterapia da Universidade de Taubaté 

Ana CArolina Basso Schmitt, Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

Professora Doutora do Departamento de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo

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Publicado

01-03-2017