VIABILIDADE DE DIFERENTES NÍVEIS DE PRESSÃO POSITIVA NÃO INVASIVA EM PACIENTES COM DRENO DE TORÁX

Autores

  • Elinaldo da Conceição dos Santos Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP / Universidade Cidade de São Paulo – UNICID
  • Marcela Brito Vidal Universidade Federal do Amapá – UNIFAP
  • Juliana de Souza da Silva Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Marcus Titus Trindade de Assis Filho Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Moisés de Castro Monte Faculdade de Macapá – FAMA, Macapá-AP
  • Odielson Ferreira do Carmo Albert Einstein: Sociedade Beneficente Israelita Brasileira
  • Achiles Eduardo Pontes Campos Universidade Federal do Amapá – UNIFAP, Macapá-AP
  • Adriana Cláudia Lunardi Universidade Cidade de São Paulo – UNICID, São Paulo-SP / Universidade de São Paulo – USP, São Paulo-SP

Palavras-chave:

RPPI, Adesão do paciente, Sucção

Resumo

Introdução: Na prática clínica, a pressão positiva não invasiva nas vias aéreas é amplamente usada em pacientes com dreno torácico para tratamento de derrame pleural. Contudo, desconhecemos se o efeito de expansão pulmonar e os efeitos adversos (escape aéreo, baixas tolerância e adesão ao tratamento) são dependentes do nível de pressão aplicada. Objetivo: Verificar a efetividade na expansão pulmonar, a segurança, tolerância e adesão ao uso da pressão positiva não invasiva de 4cmH2O e 15cmH2O em pacientes com dreno de tórax para tratamento de derrame pleural. Materiais e Métodos: Este ensaio clínico envolveu pacientes com dreno de tórax para tratamento de derrame pleural há menos de 24h. Inicialmente, 4 pacientes foram submetidos à análise da expansão pulmonar por tomografia computadorizada durante a respiração espontânea e usando pressão positiva não invasiva com 4cmH2O e 15cmH2O, em ordem aleatória. Em seguida, os 79 pacientes foram aleatorizados em grupo pressão positiva com 15cmH2O (n=40) e grupo pressão positiva com 4cmH2O (n=39). Os pacientes receberam tratamento com pressão positiva, de acordo com o grupo, durante 7 dias consecutivos, com 3 aplicações por dia, durante 30 minutos. Foram avaliados, de maneira cega, a incidência de escape aéreo (observação de borbulhamento no coletor), o nível de desconforto (escala visual numérica) e a taxa de adesão (número de participantes que optaram por parar o tratamento) ao tratamento. Foram usados teste t, Mann-Whitney e qui-quadrado. Resultados: Na análise da expansão, durante o uso de 15 cmH2O, o aumento da área pulmonar dos pacientes foi maior (3902±2345 x 731±319cm2; p=0,04) se comparada ao uso de 4cmH2O, em relação à respiração espontânea. Antes da intervenção, o grupo 15cmH2O era similar quanto ao IMC (25,2 x 24,7Kg/m2), idade (32 x 26 anos), sexo (13 x 18% mulheres) e causa da drenagem (36 x 40% trauma) ao grupo 4cmH2O. Após a intervenção a incidência do escape aéreo (17% x 10%; p=0,55), o nível de desconforto (6,0pts [intervalo interquartílico 3,0?8,3] x (7,0pts [intervalo interquartílico 4,0?8,0]; 95% IC=-0,90 a 1,63) e a taxa de adesão ao tratamento (100% x 100%; p=1,00) foram similares entre os grupos 15cmH2O e 4cmH2O, respectivamente. Conclusão: A pressão positiva não invasiva nas vias aéreas com pressão de 15cmH2O tem a mesma taxa de escape aéreo, tolerância e adesão ao tratamento, porém, alcança maior área de expansão pulmonar do que com 4cmH2O em pacientes com dreno tóracico no derrame pleural.