ABORDAGEM FISIOTERAPÊUTICA NA PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA NA FASE DE SEQUELA: ESTUDO DE CASO

Autores

  • Maria Eduarda de Macedo Basso Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Liandra Sucupira Assunção Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Débora Prestes da Silva Melo Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Olinda Consuelo lima Araújo Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá
  • Rosemary Ferreira de Andrade Universidade Federal do Amapá, Macapá, Amapá

Palavras-chave:

Paralisia facial, Incapacidade, Fisioterapia

Resumo

Introdução: A Paralisia Facial Periférica (PFP) ocorre pela redução ou interrupção do influxo nervoso em qualquer segmento do nervo facial, com comprometimento da atividade motora da hemiface correspondente. Por sua vez, quando não há regeneração completa do nervo facial, o paciente pode desenvolver uma reinervação aberrante, caracterizada por um crescimento axonal desviado que não acompanha o direcionamento perineural original. Nestes casos, há uma recuperação funcional parcial, com a instalação de sequelas, sendo as sincinesias e as contraturas musculares as mais comuns. Objetivo: Descrever uma abordagem fisioterapêutica na paralisa facial periférica na fase de sequela. Materiais e Métodos: O método utilizado foi o estudo de caso, com paciente do sexo feminino, 32 anos, vendedora, com histórico de PFP idiopática a direita há um ano. Ao exame físico atual, apresenta sequelas em hemiface direita, com presença de contraturas nos músculos zigomáticos maior, menor e frontal, presença de sincinesia boca/olho, acentuação do sulco nasogeniano e assimetria facial, além do abalo psicossocial relatado. O plano terapêutico levou em consideração as necessidades apresentadas pela paciente, tendo como principais objetivos a melhora da função, controle das sincinesias e contraturas. Realizou-se 40 sessões de fisioterapia, 02 vezes por semana. O tratamento consistiu na aplicação de 10 minutos de calor superficial (infravermelho) na hemiface comprometida para aumento do fluxo sanguíneo, relaxamento muscular e aumento da extensibilidade dos tecidos moles; alongamento intra e extra-oral da bochecha estirando-a em direção à boca, com os dedos do terapeuta em pinça, mantendo por 10 segundos, e repetindo-se 6 vezes; massagem endobucal nos pontos de tetanização dos músculos encurtados e hipertonicos; e exercícios de dissociação para controle das sincinesias através do espelho como feedback, sendo a paciente orientada a realizar a protusão dos lábios de forma lenta e ao mesmo tempo tentando manter os olhos abertos, treinando desta forma a independência destes grupos musculares. Resultados: Após a realização de 40 sessões verificou-se excelente evolução do quadro, com melhora das contraturas, simetria facial e controle das sincinesias que refletiram em uma melhor qualidade de vida da paciente. Conclusão: Os resultados da pesquisa evidenciaram que o tratamento proposto demonstrou-se efetivo, à medida que permitiu a melhora dos aspectos funcionais e psicossociais do estudo de caso em questão.